Portal de Eventos do IFRS, 8º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Sobrevivência de estacas de mirtileiro das cultivares Clímax e Bluegem submetidas a irrigação com distintas fontes de água
Thaís Aline Dierings, Bruna Dalcin Pimenta, Karen Nayara Durigon, Suriam Machado, Gabriela Cecília Gheno, Bruna Eduarda Kreling, João Rudolfo Henn

Última alteração: 22-12-2023

Resumo


O mirtilo (Vaccinium spp.) é uma fruta de sabor agridoce, que se destaca devido aos benefícios nutricionais, possibilidade de consumo in natura ou processada e elevado potencial na diversificação da agricultura familiar. Dentre os métodos de propagação da cultura do mirtileiro, a estaquia é a técnica mais eficiente, todavia, alguns fatores impedem a expansão do cultivo, como baixa probabilidade de enraizamento de alguns cultivares, a elevada necessidade de irrigação para o sucesso da propagação e a escassez de informações técnicas sobre o tema. Diante do exposto, este trabalho objetiva avaliar a sobrevivência de estacas de diferentes cultivares de mirtilo sob influência do uso de distintas fontes de água e avaliados em duas épocas. O experimento teve início em setembro/2022 e persistiu até março/2023, sendo conduzido em ambiente protegido com nebulização intermitente, em Selbach/RS. O material propagativo foi oriundo de plantas cultivadas no IFRS Campus Ibirubá, com idade de três anos. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com arranjo bifatorial 2x2 (dois cultivares x duas fontes de água), com sete repetições e dez estacas por parcela, juntamente com avaliação em épocas distintas. Os cultivares utilizados na propagação foram Clímax e Bluegem, para ambos as estacas foram preparadas com 10 cm, submetidas a um corte em bisel na base inferior e tratadas por 10 segundos com imersão na solução de ácido indolbutírico (AIB) a 2.000 mg/L, e posteriormente acondicionadas em bandejas plásticas de 12 L, contendo substrato de areia de granulometria grossa. Tendo em vista a importância da irrigação, a mesma ocorreu diariamente nos tratamentos, na proporção de rega de 1:30 minutos, variando as fontes de água utilizadas: água coletada da chuva sem cloro e água coletada da chuva tratada com cloro. Em relação às avaliações, as estacas foram avaliadas 100 e 200 dias após a instalação, quanto à sobrevivência. Os dados obtidos foram submetidos a teste de médias por Scott-Knott a 5% de probabilidade do erro com o uso do software Sisvar. Aos 100 dias da implantação, o cultivar Clímax, submetido a irrigação com água sem cloro e água com cloro, apresentou sobrevivência de 62,85% e 68,57%, respectivamente. Já o Bluegem, não obteve diferença significativa para as fontes de água, apresentando sobrevivência média de 88,57%. Aos 200 dias o cultivar Clímax submetido a irrigação com água sem cloro e água com cloro, resultou em 68,57% e 65,71%, respectivamente. Por fim, o cultivar Bluegem submetido a irrigação da água sem cloro obteve 91,42%, e para tratamento com cloro 88,57% de sobrevivência. Dessa forma, percebe-se que o cultivar Bluegem teve maior percentagem de sobrevivência que o Clímax, independente da fonte de água e em ambas épocas de avaliação.



Palavras-chave


Estaca; Sobrevivência; Irrigação.

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