Última alteração: 09-02-2024
Resumo
A visão de infância dos Mbyá Guarani parte do brincar como tônica primordial do especificamente infantil, sendo que as brincadeiras sempre são transmitidas dos mais velhos para os mais novos, oralmente, nunca por meio da escrita. Porém, verifica-se que os próprios indígenas estão percebendo a necessidade, atualmente, de encontrar formas de registrar midiaticamente sua cultura, como forma de divulgar seu modo de vida e suas tradições aos não indígenas. Objetiva-se desenvolver atividades visando o registro e a prática de jogos, brinquedos e brincadeiras vivenciados por indígenas mais velhos, da comunidade Guarani-Mbyá do Cantagalo, em suas infâncias e adolescências por meio de resgate das suas memórias ancestrais. O público-alvo prioritário é dividido em dois estratos: os mais velhos, que contam suas memórias e os mais jovens, que as vivenciam. O projeto envolve três etapas: resgate, prática e legado. Todas as etapas estão sendo registradas em áudio e vídeo e serão editadas para gerar, ao final, um documento audiovisual. O resgate está sendo realizado por meio de entrevistas abertas com os indígenas mais velhos; na fase da prática, as atividades lúdicas que são narradas na fase de resgate são aplicadas aos jovens e filmadas. Na fase de legado será produzido um documento audiovisual que ficará disponível como legado às comunidades indígenas e não indígenas. O contato com os indígenas depende de uma intermediação do cacique, que é colaborador no projeto. Até o momento, foi possível a realização de duas entrevistas e a produção do vídeo de uma brincadeira, conhecida como Tata urá xiverê, protagonizado por crianças indígenas da aldeia. Pretende-se, até o final do projeto, entrevistar mais indígenas e finalizar a produção do documento audiovisual.