Portal de Eventos do IFRS, 8º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

Tamanho da fonte: 
Ainda há lugar para machismo em sala de aula? Uma revisão bibliográfica sobre os conceitos de (micro)violências de gênero sofridas e/ou testemunhadas por alunas no âmbito escolar do câmpus Rio Grande do IFRS
Yasmin Silveira da Silva Maio, Lucía Silveira Alda, Sofia Loureiro da Cruz Machado

Última alteração: 22-12-2023

Resumo


No que tange aos Institutos Federais, cujo foco principal é o ensino técnico, com ênfase proeminente nas áreas das ciências exatas, ainda é notável a persistência de estereótipos relacionados à participação das mulheres nessas disciplinas. A desigualdade de gênero em campos como a matemática, a física e a engenharia, frequentemente coloca as mulheres em posição de subvalorização. Esse estereótipo, que associa erroneamente certas habilidades e competências a gêneros específicos, continua a ser um desafio significativo para a diversificação e a inclusão nessas áreas. Isto posto, tornou-se evidente a urgência em abordar questões específicas dentro do contexto do câmpus Rio Grande do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRS). A fim de abordar questões críticas de igualdade de gênero e promover uma mudança cultural, esta pesquisa teve, como objetivo principal, fazer um levantamento de (micro)violências de gênero sofridas e/ou testemunhadas por alunas nos espaços acadêmicos do câmpus. Dessa forma, primeiramente, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre os conceitos importantes na temática de gênero para, a partir disso, classificar, descrever e analisar essas (micro)violências. Para tanto, nos aprofundamos nos estudos sobre a temática de gênero, violência de gênero, machismo e outros conceitos fundamentais que fornecem a base teórica necessária para o desenvolvimento deste estudo. A pesquisa, elaborada em colaboração com o Núcleo de Estudos e Pesquisa em Gênero e Sexualidade (NEPGS) do câmpus Rio Grande, também desenvolveu e aplicou um questionário com questões fechadas e abertas para fazer o levantamento desses dados. Após a análise e categorização dos dados relativos às (micro)violências vivenciadas e/ou testemunhadas pelas alunas, espera-se que possamos instaurar um diálogo mais aprofundado na comunidade interna e externa ao IFRS, fornecer reflexões importantes para a formulação de estratégias e políticas que busquem enfrentar essas violências e criar um ambiente inclusivo que valorize plenamente o potencial de todas as pessoas, independentemente do gênero. A colaboração com o NEPGS fortalece o compromisso da instituição em lidar com questões de gênero, com potencial de inspirar outras instituições.


Palavras-chave


(Micro)violência de Gênero; Machismo; Sala de Aula

Texto completo: PDF