Portal de Eventos do IFRS, 8º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Onde o ser bilíngue e ser bolsista de ensino de línguas se encontram – um relato de experiência
Alan Amaro Swensen Motta, Sabrina Hax Duro Rosa

Última alteração: 16-12-2023

Resumo


Neste trabalho, apresentarei minha experiência como bolsista do projeto de ensino English Club sob uma perspectiva do ser bilíngue e estar na posição de conduzir o aprendizado de outros estudantes do idioma. Primeiramente, é preciso entender que por mais que pesquisadores, estudiosos e professores tenham se esforçado para mudar a crença sobre as aulas de Língua Inglesa (LI) nas escolas regulares de ensino, elas ainda são vistas como ineficientes. Para suprir essa carência no Brasil, há inúmeros centros de idiomas, escolas de línguas e, no caso do IFRS Campus Rio Grande, o English Club – um espaço onde estudantes podem aprender inglês e praticá-lo fora da sala de aula tradicional e curricular. Sou bilíngue e a primeira língua que aprendi foi inglês, pois minha mãe é americana nascida no Alaska e veio ao Brasil a trabalho, mas concomitantemente o português foi adquirido por meio das interações com meu pai, que é brasileiro, e vivendo em sociedade. Como bolsista, a área de foco nas atividades da bolsa é trazer a língua inglesa para alunos do campus em forma de um clube, ainda mantendo o aprendizado e com interação ativa discente-bolsista. Há duas turmas do English Club, uma avançada e outra iniciante. A turma iniciante se concentra em um aprendizado mais didático para habilitar a compreensão da estrutura básica e vocabulário da LI e a avançada é mais voltada para conversação, com abordagem de tópicos atuais e de interesse aos alunos do ensino médio. Pela minha experiência, ministrar os encontros do iniciante, em parceria com a outra bolsista do projeto, provou ser particularmente difícil. Isso se deve ao fato do meu conhecimento da LI ser baseado majoritariamente em conversação, com a área didática estando em plano secundário e sendo algo que não obtive, isto é, nunca fiz curso de LI que pudesse me embasar sobre práticas didáticas. Os encontros da turma avançada são mais fáceis de conduzir, pois os participantes têm a capacidade de manter uma conversação em inglês, facilitando a minha troca de conhecimento e interação com eles. Concluo, então, que para ministrar aulas de LI não é suficiente dominar o idioma, mas também, dedicar-se a pensar sobre estratégias didáticas que visam auxiliar na aprendizagem dos alunos.

Palavras-chave


Bilinguismo; Ensino de LI; Prática Pedagógica

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