Portal de Eventos do IFRS, 8º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Uma vivência de horta vertical no contexto escolar
Luana Kerolainy Brito Rocha Rodrigues, Cassiano Pamplona Lisboa, Maria Marchand Dal Piva, Victor Freitas Oliveira, Diego Rodrigues Martins

Última alteração: 16-12-2023

Resumo


Sabemos que o contexto social de cada aluno vai muito além das classes da escola. Pensando nesse âmbito, a atividade proposta se desenvolveu no Centro Municipal de Educação dos Trabalhadores (CMET) Paulo Freire no município de Porto Alegre. Os bolsistas atuantes são do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza- Biologia e Química vinculados ao subprojeto Ciências da Natureza do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). A atividade relatada neste resumo propôs trazer aos alunos, não apenas mais uma aula sobre plantas, mas a experimentação e vivência de diferentes cultivos. Para tanto, a metodologia da oficina se constituiu em três momentos. No primeiro deles, iniciamos com o levantamento das concepções prévias dos estudantes sobre o assunto, trazendo para reflexão o que cada um consumia em suas casa e o quanto cada hortaliça ou planta influencia na nossa saúde. Abordamos também cultivos ou espécies que são do cotidiano e espécies diferenciadas que não conheciam. Vale ressaltar que todas as vivências aqui citadas partiram de uma ideia em conjunto de valorizar as experiências individuais dos alunos, visando um aprendizado significativo, tendo em vista a diversidade de alunos atendidos pelo CMET. No segundo momento, disponibilizamos aos estudantes mudas de diferentes espécies e construímos um experimento a fim de avaliar a influência de determinados fatores nos seus crescimentos. As espécies utilizadas foram Solanum lycopersicum (tomate cereja) Capsicum annuum (pimentão big) Coriandrum sativum (coentro) Lactuca sativa (alface) Brassica oleracea (couve manteiga). Todas as mudas foram plantadas no mesmo dia, porém em condições diferentes de exposição solar, disponibilidade hídrica e qualidade do solo. A análise do resultado desse experimento foi realizada na semana seguinte. Por fim, no terceiro momento,  tendo em vista o aprendizado colhido por meio dos experimentos, os alunos efetivaram a construção de uma horta vertical na escola com garrafas pets finalizando assim a experiência completa, desde o plantio até a colheita de hortaliças que ficaram na escola proporcionando a outros alunos que não participaram da oficina a oportunidade de evidenciar a conclusão e usufruir assim de um trabalho em conjunto. Esse tipo de metodologia de ensino de ciências, evidenciando as vivências pessoais e trazendo o cotidiano para sala de aula, proporciona ao aluno um lugar de portador de conhecimento prévio mesmo que empírico e não evidenciado ainda, validando assim a experiência em sala e fora dela tornado efetivo e significativo o que foi ensinado e a troca de vivências entre professor e aluno. Essas contribuições tornam o aluno um protagonista de suas construções e ressaltam a importância de suas participações e atuações nas atividades. Assim partimos do pressuposto do conhecimento dos estudantes para alcançar o objetivo principal da atividade: que fosse significativa e incluísse os alunos em suas particularidades.

Palavras-chave


Ensino de ciências; Vivências; Cotidiano

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