Portal de Eventos do IFRS, 8º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Desenvolvimento e avaliação de diferentes métodos e ações para a preservação das abelhas nativas no IFRS - Campus Rolante
Érika Guth, Gabriela Javornik Barroso, Bruna Eduarda Panichi, João Vitor Baptista da Silva

Última alteração: 22-12-2023

Resumo


As abelhas nativas (meliponídeos), correspondem a seres extremamente importantes para a manutenção da vida na Terra, pois, através da polinização de culturas e diferentes plantas, asseguram qualidade nos alimentos e contribuem para a conservação da biodiversidade. Além disso, proporcionam benefícios econômicos por meio da comercialização de enxames e de mel. No entanto, ameaças de extinção a esses animais, crescem cada vez mais. O IFRS - Campus Rolante, engloba uma ampla área de mata nativa e culturas constantemente implantadas, que representam uma fauna e flora diversificadas, possibilitando ações que visam preservar esses seres encontrados em nossa instituição. A pesquisa teve como propósitos, definir as espécies de abelhas nativas presentes no Campus e a flora meliponícola utilizada pelas mesmas, visando a expansão desses recursos florais. O trabalho também possui como finalidade, avaliar diferentes materiais de captura para obtenção de enxames das abelhas no Campus Rolante, que posteriormente, constituirão um meliponário científico e educativo. Para desenvolver a pesquisa, realizamos observações nas áreas do Campus, buscando identificar as abelhas, as colmeias na natureza e os recursos florais existentes. A partir disso, realizou-se um mapeamento de locais próximos à mata nativa e flora meliponícola, para a colocação de ninhos-iscas. Os ninhos-iscas foram confeccionados manualmente utilizando garrafas pet, jornal, lona preta e cano PVC. Para melhor avaliação da sua eficácia, confeccionamos 60 exemplares, sendo 20 deles com garrafas pet de 500 ml, 20 com garrafas de 2 litros e 20 com garrafas de 5 litros. Distribuímos em 20 locais do Campus, e em cada local, colocamos um modelo de cada tamanho, portanto, cada local recebeu 3 ninhos-iscas. Dessa forma, poderemos examinar a relação entre o tamanho dos ninhos-iscas e a eficiência dos mesmos, sem interferência do local em que estão inseridos. A solução atrativa utilizada foi preparada com álcool etílico (96%) e materiais recolhidos das colmeias de abelhas-sem-ferrão (cera, própolis e geoprópolis). A cada 15 dias, realizou-se a verificação e manutenção dessas iscas. Até o momento, identificamos abelhas das espécies Plebeia droryana (Mirim-droriana) e Tetragonisca angustula (Jataí), coletando nas flores Raphanus sativus (nabo forrageiro) e Vicia sativa (ervilhaca); e a espécie Trigona spinipes (Irapuá), realizando coleta nas plantas Rhododendron simsii (azaléia), Dombeya wallichii (astrapéia), Calendula officinalis (calêndula) e Tropaeolum majus (capuchinha). Além disso, encontramos nas áreas do Campus, dois ninhos da abelha Trigona spinipes (Irapuá) e um ninho da abelha Lestrimelitta limao (Abelha-Limão). Até então, não houve captura de enxames através dos ninhos-iscas. Diante dos resultados apresentados, determinamos a existência de diferentes espécies de abelhas nativas habitando em nosso Campus e explorando seus recursos florais. Projetos como esse, contribuem para o conhecimento sobre as espécies de abelhas nativas, seus hábitos, comportamento e alimentação, contribuindo na conscientização, preservação e manutenção da biodiversidade na região.


Palavras-chave


Meliponídeos; Flora; Pesquisa

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