Última alteração: 22-12-2023
Resumo
60% do rebanho bovino, e em regiões subtropicais, correspondem oportunidades de se realizar a produção de leite e de carne de forma mais sustentável, atendendo premissas como a de aumentar produção por animal e a taxa de lotação. O estudo foi realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Sertão, e envolveu a avaliação de cultivares da planta forrageira Megathyrsus maximus sob pastejo com lotação intermitente com bovinos de leite na região do Planalto Médio do Rio Grande do Sul. O objetivo principal avaliar a dinâmica da produção de forragem com diferentes cultivares e diferentes frequências e intensidades de desfolhação em sistema rotacionado. Além disso, visou proporcionar uma experiência prática aos alunos e acadêmicos da Instituição nas disciplinas de Forragicultura e correlatas. A área experimental foi dividida em 20 parcelas alocadas na área agrícola pertencente ao IFRS - Campus Sertão, sendo cinco cultivares, em um delineamento de blocos casualizado, com área de 187,5 m2 por parcela. As condições para a realização das aulas práticas e desenvolvimento de trabalhos dos acadêmicos foram alturas de pastejos e de resíduos para os cultivares: Aruana, BRS Tamani e Gatton panic de 60 e 25 cm; BRS Quênia de 70 e 35 cm; e BRS Zuri de 80 e 40 cm. O pastejo foi realizado com categorias de bovinos leiteiros e a altura do dossel foi monitorada semanalmente utilizando um bastão graduado. Os dados coletados incluem informações sobre a produção de forragem, composição morfológica, concentrações de matéria seca, matéria mineral e proteína bruta nas diferentes cultivares, bem como persistência das plantas na área de pastagem. Os resultados obtidos foram tabulados, analisados e utilizados para fins didáticos nos cursos oferecidos pela Instituição, bem como compartilhados com os agricultores da região para promover práticas mais eficientes na produção da pecuária regional. O estudo demonstra relevância por desenvolver informações técnicas sobre o uso de plantas forrageiras tropicais, condição que se associa a premissa de sustentabilidade na produção pecuária brasileira. Além disso, avalia o desempenho de cultivares recentemente lançadas no mercado em condições de pastejo com lotação intermitente, o que pode auxiliar na escolha do cultivar melhor adaptado as condições de ambiência regional. As cultivares que apresentaram maior adaptabilidade em termos de persistência de plantas (touceiras) na área foram Gatton panic e Aruana. A cv. BRS Quênia respondeu com as melhores taxas de crescimento vertical do dossel, principalmente, no final de primavera e início de verão.