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Feminismo para as infâncias: a contação de histórias como estratégia para uma educação para a diversidade
Robert Reiziger de Melo Rodrigues, Leticia Schneider Ferreira

Última alteração: 18-11-2022

Resumo


Este trabalho emerge do Programa Gênero e Diversidade no Ambiente Escolar, cujo objetivo principal é promover práticas de incentivo ao respeito e à diversidade entre todos os integrantes deste ambiente, incluindo estudantes, professores, funcionários e a comunidade. Sabe-se que a escola é, por excelência, um espaço de debates e troca de ideias que não está isento dos preconceitos da sociedade na qual está inserida. Por isso, é fundamental promover ações e projetos que a transformem num local acolhedor e pacífico, que seja capaz de acolher todas as pessoas de forma respeitosa e harmônica. Nesse sentido, é essencial que o feminismo esteja dentro da escola. Entende-se o feminismo como um movimento que luta por equidade entre os gêneros, de forma que as mulheres não sejam diminuídas pelo simples fato de serem mulheres ou que seus corpos não sejam sexualizados. Nos últimos anos, porém, o feminismo tem sido visto como um tema polêmico, sobretudo porque diversas informações falsas têm sido difundidas através de veículos de fácil divulgação e propagação, como o Facebook e grupos de WhatsApp. Por isso, mais uma vez, verifica-se a extrema relevância da abordagem de temas relativos aos Direitos Humanos no ambiente escolar. Pautando-se nessa necessidade, esse trabalho propõe ações voltadas ao público infantil, sobretudo porque a infância é um momento propício para a internalização de questões relativas ao bom convívio em sociedade através de atividades lúdicas. Para tanto, foram planejadas seis contações de histórias a serem realizadas em escolas da rede municipal de ensino de Bento Gonçalves. Tem-se, como objetivos: contar histórias permeadas por temáticas feministas, de forma a promover o respeito às mulheres; promover a sociabilidade através de atividades lúdicas; e desenvolver a imaginação e a interpretação através de exercícios práticos, como a conversa e o desenho. Com relação à metodologia, inicialmente, foram lidos textos teóricos sobre a importância do movimento feminista para a sociedade brasileira. Posteriormente, a contação de histórias incorporou o arcabouço teórico da pesquisa, evidenciando os benefícios proporcionados por essa prática, como o aumento do vocabulário, a melhora na interpretação e o estímulo à imaginação. A partir de então, foram selecionados os livros e planejadas as atividades a serem realizadas de acordo com cada história. Por fim, entrou-se em contato com a Secretaria Municipal de Educação de Bento Gonçalves, que acolheu a ideia com muita receptividade. Representantes do órgão público, inclusive, parabenizaram o projeto e ressaltaram a sua relevância para o público-alvo. Nesse momento, definiu-se as escolas que acolheriam as contações de histórias, a serem realizadas no mês de outubro de 2022. Espera-se que as contações de histórias atinjam, aproximadamente, 350 crianças de escolas municipais infantis, contribuindo com uma formação empática, humanizadora e de respeito à diversidade.


Palavras-chave


Feminismo; Contação de histórias; Educação para a diversidade.

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