Os Modelos das Nações Unidas (MUNs) são eventos escolares ou acadêmicos de simulação de organismos da Organização das Nações Unidas (ONU) ou de outras organizações internacionais e mesmo nacionais. Neles, os participantes podem debater e discutir questões que afligem o mundo, representando chefes de Estado e diplomatas e posicionando-se diante de determinado problema. Também refletem sobre temas atuais, além de desenvolverem a oratória e de vivenciarem rodadas de negociação. Inspirado nos MUNs, foi criado, em 2017, no Campus Osório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), o projeto de ensino “IFMUNdi: promovendo debates e produzindo conhecimento”, promovendo pelo menos duas simulações anualmente (de uma temática local e outra de temática global). Depois de três anos com simulações nas dependências do campus, o IFMUNdi teve que se adequar às limitações impostas pela pandemia da Covid-19. Assim, diante das exigências de afastamento físico, passou a promover simulações no formato remoto, de modo online. Em sua quarta e quinta edição, nos anos de 2020 e 2021, o IFMUNdi organizou simulações remotas sobre eventos históricos. No fórum global, simulou a Cúpula do Milênio promovida pela ONU, debatendo os objetivos do milênio (ODMs). Já no fórum local, simulou a Assembleia Nacional Constituinte (1987/88) que construiu a Constituição Federal brasileira. O secretariado do IFMUNdi –  composto por estudantes (bolsistas e voluntários) e coordenado por docentes – produziu materias (Guias de Estudos, Guia de Regras e Cartas de Posicionamento) e os encaminhou por e-mail aos participantes. Também fomentou espaços formativos, com palestras realizadas pelo Google Meet e com um curso massivo gratuito e online hospedado no Moodle do IFRS. As simulações  foram realizadas de forma totalmente on-line, dadas as restrições impostas pela pandemia da Covid-19. Nesse sentido, os debates ocorreram por meio da plataforma Google Meet, reunindo a equipe executora do IFMUNdi  e estudantes do ensino médio e superior que se inscreveram para representar Estados-membros da ONU, deputados, senadores e veículos de comunicação. O novo formato possibilitou que o projeto de ensino se transformasse em um projeto de extensão, reunindo participantes não apenas do IFRS, mas de outras instituições e regiões. Chegou a reunir, assim, estudantes das cinco regiões do país, cumprindo seus principais objetivos: contato com a diversidade, ampliação de repertório, participação em atividades de negociação e pesquisa, entre outros aspectos que, apesar das adaptações e das dificuldades impostas pelo período pandêmico, permitiram atingir resultados positivos.