Última alteração: 18-11-2022
Resumo
Este projeto visa dar visibilidade a história e memória dos clubes sociais negros no RS. A Associação Satélite Prontidão (ASP) existe desde 1902 e teve grande importância no período pós-abolição. Com estratégias de resistência, os afro-gaúchos se organizaram associativamente para garantir acesso a direitos básicos como saúde, educação, assistência social e lazer. O objetivo do projeto é visibilizar histórias e memórias negras a partir do desvelamento de parte do acervo da ASP por meio de um memorial institucional. Este projeto se justifica, pois, por meio dele, a história da ASP será estudada, documentada, categorizada e catalogada, organizando e viabilizando o acesso aos registros e a produção de conhecimento. A metodologia tem abordagem qualitativa, fins exploratórios e está em andamento, utilizando o método de estudo de caso. Busca-se responder a seguinte pergunta: Como visibilizar histórias e memórias dos afro-gaúchos a partir do desvelamento de parte do acervo da Associação Satélite Prontidão por meio de um memorial institucional? O projeto está seguindo três etapas: Etapa exploratória: Nesta fase foi realizada a organização dos materiais existentes no acervo e foi promovida a roda de conversa denominada de “Café com Memórias”, além da realização de um curso que está em andamento chamado de “Oficinas de História e Memória: 120 anos da ASP”; Etapa de Trabalho de Campo: Está sendo realizada a organização do espaço físico do memorial e a transcrição dos relatos orais coletados no Café com Memórias; Etapa de Análise e Tratamento do Material: Análise da transcrição dos relatos da Velha Guarda e da Juventude ASP coletadas no Café com Memórias. Elaboração de resumos acadêmicos, que já foram submetidos e aceitos em evento internacional de clubes sociais negros promovido pelo DEDS/UFRGS em setembro de 2022. Finalização da organização do espaço físico do memorial. Como resultados parciais considera-se que, até o momento, o memorial tem dado visibilidade a história da ASP e da comunidade negra. Tem boa parte do acervo já está organizado, estando em andamento o processo de finalização do espaço físico e a digitalização de algumas fotos para disponibilização em repositório específico para museus (Tainacan). Como considerações finais destaca-se a participação de alunos e docentes do IFRS de diversos campus do RS nas oficinas e a visibilidade do projeto no evento da UFRGS, onde haverá uma sala de apresentação de trabalhos com as produções de pesquisas realizadas pelo Memorial da ASP nas oficinas. Conclui-se que o projeto tem bons resultados.