Portal de Eventos do IFRS, 7º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Efeito das plantas de cobertura, herbicidas pré e pós-emergentes sobre o banco de sementes, controle de plantas daninhas e produtividade da cultura do milho.
Eduardo Luis Marcon, Fernando Machado dos Santos, Eduardo Carlos Rüdell, Bianca Antoniolli Zanrosso, Dieferson Frandaloso, Maria Antônia Rossatto Novelli, Daniel Piezentini

Última alteração: 21-11-2022

Resumo


O milho representa uma cultura importante para o agronegócio brasileiro, sendo o controle de plantas daninhas uma das etapas de manejo dessa cultura. Diante disso, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de diferentes coberturas de inverno antecedendo o cultivo do milho, uso de herbicidas em pré e pós-emergência da cultura no controle de plantas daninhas, sua influência na produtividade da cultura do milho e comparação do banco de sementes após duas safras. O experimento foi desenvolvido no IFRS – Campus Sertão com delineamento experimental de blocos casualizados, sendo implantadas três coberturas de inverno (aveia preta, pousio, aveia preta+nabo+ervilhaca) x dois tratamentos pré-emergentes na cultura (testemunha sem aplicação e atrazina+simazina) x cinco tratamentos pós-emergentes (testemunha sem aplicação, glyphosate, amônio-glufosinato, nicossulfuron e tembotrione), com quatro repetições, totalizando 120 unidades experimentais. Foram avaliados quantidade de matéria seca, plantas daninhas/m², eficiência de herbicidas pré e pós-emergentes, rendimento de grãos, banco de sementes do solo e coleta da parte aérea das plantas daninhas que porventura se desenvolveram durante o ciclo do milho. O tratamento consorciado proporcionou maior acúmulo de matéria seca e o menor número de plantas daninhas no período do inverno nos dois anos. A produtividade da cultura do milho foi superior no tratamento com a aveia preta na primeira safra, no segundo ano o consórcio foi o que obteve maior produtividade. Em relação aos herbicidas pré-emergentes e pós-emergentes, os tratamentos atrazina+simazina e amônio-glufosinato, proporcionaram maior produtividade nos dois cultivos com 4186 kg.ha-1 e 4384 kg.ha-1 , respectivamente. Se tratando do controle de plantas daninhas, o tratamento com nicossulfuron demonstrou controle superior das plantas daninhas no primeiro ano, sendo ultrapassado pelo amônio-glufosinato no segundo. Todos os tratamentos com os herbicidas foram seletivos à cultura. Nas duas amostragens do banco de sementes realizadas nos tratamentos com aveia preta e no consórcio, ocorreu a diminuição da comunidade infestante em 7% e 16,49%, respectivamente. As principais plantas daninhas que diminuíram a população foram papuã (Uruchloa plantaginea) em mais de 11 plantas/m², milhã (Digitaria ciliaris) em 8 plantas/m², ambas plantas daninhas importantes na cultura do milho. Foi concluído após dois anos que é de fundamental importância o uso de plantas que proporcionem proteção ao solo no período do inverno, pois devido a presença das mesmas sobre o solo todo o sistema de cultivo é beneficiado, como aumento na produtividade na aveia preta de 28,5%  e 31,17% no consórcio quando comparado com o pousio.



Palavras-chave


Rotação; Supressão; Controle.

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