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Cianotipia na Barvabécia: o fim da utopia possível
Eric Lima Pedott, Daniel Petry

Última alteração: 21-11-2022

Resumo


O presente projeto finaliza uma série de pesquisas realizadas com cianotipia realizada no IFRS Alvorada nos últimos três anos. Ao aproximar-se de uma das exposições do projeto Galeria Aberta, do IFRS Campus Alvorada. A exposição BARVABÉCIA: UMA UTOPIA POSSÍVEL do Eric Pedott, que ocorreu entre os dias de 8 a 28 de novembro de 2021 encontramos a possibilidade de investigar a reprodutibilidade técnica e as lógicas identitárias. A exposição parte da criação e reivindicação de uma nação chamada Barvabécia, de onde resultaram trabalhos gráficos e fotomontagens de técnica mista. Através dessa exposição, partimos de um trabalho em específico, feito na técnica de cianotipia, a obra Passaporte de Visitante. Essa imagem pode ser reproduzida, incessantemente, desde que tenha os recursos necessários para esse resultado. No caso a obra "Passaporte de Visitante" parte desse pensamento de algo possível de se multiplicar, mas não só através do processo original da cianotipia que possibilita ter cópias, mas do próprio conteúdo. Como um documento que é xerocado, e tem necessidade de sua cópia para certificação de algo. Como referencial teórico, pensamos em Walter Benjamin através do ensaio A Obra de arte na sua reprodutibilidade técnica onde reflete como os meios de reprodução denigrem a aura da obra de arte, sua autenticidade, assim perdendo sua unicidade já que é possível de se reproduzir. Substituindo o valor de culto pelo valor de massa, cumprindo uma função mercadológica. A aura para Benjamin se entende como o aqui e o agora da obra de arte com sua duração e seu testemunho no historicismo, não possível de replicar. Ao trabalhar com a cianotipia, temos um processo que depende de vários fatores, dos químicos de emulsão, da luz que pode ser tão natural, quanto artificial. Esses são meios de processo que resultam em uma peça única, mas que é possível de se reproduzir tendo sua singularidade, por mais não seja a mesma como o original primeiro. Mas dentro da proposta da obra "Passaporte de Visitante" temos a cópia com devida alteração, com a identidade de cada pessoa destinada ao passaporte: A unicidade, pois trata de algo exclusivo, por mais seja a cópia de um documento, mas com devidas alterações. Sendo assim o "Passaporte de Visitante" passa a manter sua aura, por mais seja um trabalho que indicie a proliferação de um documento.



Palavras-chave


cianotipia; fotografia; processos

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