Portal de Eventos do IFRS, 7º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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O bosque, educação e trabalho
Bruno Henrique Da Silva, João Carlos Ruszczyk

Última alteração: 04-12-2022

Resumo


O Bosque Educação Popular e Reforma Agrária nasce como ideia, como possibilidade de espaço futuro da sociabilidade, da diversidade e da inclusão, princípios da educação popular. O projeto de ensino, futuramente de pesquisa/extensão é consequência de um acordo de cooperação Instituto Educar/IFRS-Campus Sertão (Diálogos sobre agroecologia, educação e trabalho) e pretende a integração ensino/pesquisa/extensão, também espaço a ser utilizado como lazer, estudos e contemplação da e na relação homem-sociedade-natureza. Como conceito a agricultura foi vinculada com o cuidado da natureza, os recursos naturais, pensados a partir do uso de sistemas agroflorestais, permacultura e o cultivo florestal adensado, além de pensar o ambiente, recursos alimentícios e a possibilidade de estudo/recuperação de áreas degradadas, com a conservação da biodiversidade. A agrofloresta em relação aos sistemas tradicionais pode sugerir a reserva dos recursos hídricos, regularização do microclima,proteção contra erosão hídrica e melhor  qualidade de vida  e saúde. Nesse sentido a possibilidade dos seres humanos e os demais seres, tenham melhor qualidade e que as “primaveras jamais se tornem silenciosas”, para tal como passo inicial foram escolhidas as frutas/árvores nativas e cobertura do solo para a área, com o plantio das mudas no sistema agroflorestal, pois isto contribui para liberar nutrientes, gerar matéria orgânica e recompor a fertilidade com maior velocidade. Na parte teórica e conceitual, os espaços estão sendo implantados seguindo a trajetória da permacultura, dos estágios sequenciais, com referência aos bosques na sua parte botânica e seleção das espécies, bem como a combinação/complementaridade com jardins sensoriais. As espécies escolhidas são: jabuticabeira, araçás amarelo e vermelho, pitanga, amora, araticum, butiá, gabiroba, goiaba serrana, angicos, cedro, entre outras, com relação ao jardim sensorial, as flores perfumadas serão: hibiscus rosa, gardênia, o jasmim-branco, lavandas. Os objetivos específicos do projeto são: a) construção e discussão do espaço do bosque como experiência teórico/prática para os discentes e a instituição com relação a se constituir como espaço de conhecimento, sociabilidades, diversidade; b) processos de discussão e registro dos tempos/espaços do bosque; c) promoção de discussões sociedade, natureza, ambiente e educação ambiental a partir das experiências e das diversidades que a proposta de constituição do bosque apresenta; d) consolidar o bosque e registros históricos para a replicar a experiência e aportes metodológicos, como um processo de comunicação/extensão. A área do projeto tem perímetro de 252,24 m e área total de 2474,99 m2, com os seguintes processos de implantação: 1 ano - análise de solo (anual), preparo do solo, plantio de mudas de adubação verde, plantio de mudas nativas, implantação de irrigação, adubação química sintética, registros dos desenvolvimentos, sendo esta a parte que está em execução; 2 ano - plantio de mudas aromáticas (ideia do Jardim Sensorial), adubação verde, acompanhamento sistema de irrigação, registro dos dados de desenvolvimento; 3 ano - adubação verde, acompanhamento sistema de irrigação, registro dos dados de desenvolvimento e análise do solo. Neste primeiro ano estamos estruturando os processos e metodologias, assim como será realizado nos demais anos, neste estágio inicial é fundamental seguir todos os procedimentos, pois representam a base dos processos.

Palavras-chave


Agrofloresta; Bosque; Permacultura

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