O mundo passou por transformações que adentraram o cotidiano dilacerando o convívio social e isolando a população num mundo virtual. Com isso, mudanças de comportamento durante a pandemia geraram consequências visíveis, sentidas atualmente. O ato de conversar, interagir e relacionar-se com o outro despertou  inseguranças contribuindo para relações fragilizadas. Este “novo normal” também impactou a realidade do IFRS-Viamão. Com o início das aulas presenciais houve um processo de recomeço, pois os discentes estavam desacostumados com uma rotina escolar fora do remoto e muitos, sequer, conheciam o campus, prejudicando seu processo de integração. O projeto de ensino “#TamoJunto” visa acolher os estudantes auxiliando-os na adaptação à nova vida escolar/acadêmica e colaborar para a sua sociabilidade na instituição por meio de redes de apoio social formadas por voluntários - servidores e estudantes - que atuarão como pessoas de referência para aqueles que, porventura, venham a se sentir desmotivados, desorientados ou que percebam qualquer tipo de desconforto. As metodologias encontradas para sanar as demandas apresentadas pela comunidade escolar foram a implementação de caixinhas interativas nos banheiros e corredores combinada com a instituição de uma escuta ativa. O intuito era aproximar os estudantes do campus e promover a troca de experiências por meio de temáticas que os ajudassem na ambientação e na sua maneira de enxergar e interagir com o outro, aprimorando-se as relações entre pares. Em complemento a esta ação, como forma de aproximar o discente das pessoas de referência e de dar continuidade aos contatos iniciados pelas caixinhas interativas,  foi disponibilizado acolhimento através de uma escuta amiga, proporcionando amparo significativo em momentos difíceis. Porém, com o processo de finalização por conta da pandemia e uma greve interna, isso não foi posto em prática no momento inicial das aulas. Ressalta-se que o #TamoJunto trabalha em parceria com outros  projetos de ensino que possuem percepções de acolhimento e escuta semelhantes, estando conectados para auxiliar no bem-estar e saúde dos alunos. Os diálogos oferecidos pelo grupo do "Fala, Gurizada!" nos permitem extrair questões pertinentes para as oficinas que, de forma lúdica, desenvolvem ações voltadas para diversos impasses que surgem ao longo dos ciclos. Obteve-se como resultado a aproximação dos alunos com os envolvidos, fortalecendo-se vínculos e criando-se  naturalmente uma relação que dialoga com os objetivos traçados. Percebe-se que a partir deste elo houve uma identificação que rompeu os obstáculos do distanciamento que impediam os alunos de exporem seus sentimentos. Conclui-se, portanto, que os movimentos foram eficazes diante de todas as demandas vigentes e que as oportunidades oferecidas agregaram na vida profissional e escolar de todos envolvidos. Por fim, salienta-se a importância da empatia e trabalho em equipe para restabelecer o contato entre a comunidade acadêmica e a instituição, favorecendo, assim, a permanência e o sucesso acadêmico.