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Todos nós sonhamos: Freud e a interpretação dos sonhos
Manuela Fontoura Morschbacher, Rogerio Foschiera

Última alteração: 21-11-2022

Resumo


Todos nós Sonhamos: Freud e a interpretação dos sonhos, apresenta uma análise e releitura dos estudos feitos por Sigmund Freud, a respeito de sonhos, dentro do projeto “A centralidade da linguagem na experiência psicanalítica”, que tem como objetivos: compreender a importância e o papel da linguagem na psicanálise; Identificar os principais conceitos que fundamentam a compreensão psicanalítica sobre o papel da linguagem; Aprofundar a importância das relações conceituais entre as obras de Jacques Lacan e de Sigmund Freud. Este trabalho realizou leituras sobre a temática dos sonhos na psicanálise partindo de Freud, com a intenção de promover uma análise didática sobre seus principais conceitos e relações, e também exemplificando a ligação entre o objeto dos sonhos e a realidade para melhor compreensão dos espectadores. O projeto utiliza uma metodologia qualitativa e hermenêutica, com base na interpretação de obras selecionadas de Jacques Lacan e Sigmund Freud e com o auxílio de comentadores, como a autora Ana Maria Medeiros Costa. O processo é dialético, no sentido de colocar em diálogo, autores, comentadores, relatos de experiências e percepções coletadas na vivência da realidade atual. A pesquisa atingiu resultados parciais, sendo possível elaborar um material dinâmico que proporciona a visão contemporânea e Freudiana sobre o tópico sonhos. Após a contextualização da linguagem presente nos sonhos, apresenta relatos reais de sonhos, fazendo uma leitura e destacando seus conceitos aparentes. Dentro do que será analisado, estão: símbolos, desejos, pulsões, censura e cena primária. Contudo, é conclusivo que os sonhos vem de estímulos internos ou externos, pois operam o desejo do inconsciente e ao mesmo tempo são organizações de linguagem, semelhantes a textos. Levando em consideração que a fantasia não é uma simples ilusão a ser desfeita, os sonhos são, na verdade, projeções do que muito reprimimos, refletindo na maioria das vezes nossos desejos ou eventos traumáticos, que são manifestados de maneira enigmática. A cena primária e a censura são causadoras e facilitadoras desse tipo de repressão. Com o auxílio de um analista é possível desvendar quais os principais objetos do sonho, ou seja, o que isso representa na realidade psíquica e na realidade atual. Os estudos feitos registraram o papel da linguagem nos sonhos e na própria visão do sonhador: a  linguagem que constitui os sonhos assemelha-se à criptografia, e assim como Freud deduziu em sua obra “A interpretação dos sonhos”, através de relatos a serem analisados, o sonho pode ser desconstruído para que assim seja compreendido.

Palavras-chave


Psicanálise; Freud; Sonhos.

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