Portal de Eventos do IFRS, 7º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Vivências e histórias: através de uma perspectiva de gênero e étnico-racial
João Vitor Silva Borba, Sirlei Bortolini, Lavínia Pietra Gonçalves de Azevedo

Última alteração: 17-11-2022

Resumo


O presente trabalho “Vivências e histórias: sob uma perspectiva étnico-racial e de gênero” é um projeto ligado ao Programa de Extensão “Resgatando Raízes: a influência dos indígenas e africanos na formação do povo e da cultura brasileira'' do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI), que tem como objetivo realizar ações destinadas ao estudo, debate e reflexão a respeito de questões de raça, etnias, preconceito, discriminação e feminismo negro. Pretende-se estimular a luta antirracismo, contra LGBTfobia e qualquer outra forma de preconceito nas relações étnico-raciais e de gênero no IFRS - Campus Bento Gonçalves e na sua comunidade externa, dando visibilidade às mulheres negras que atuam nesta escola.  Este trabalho tem como foco principal as mulheres negras que diariamente sofrem violências e discriminação por uma sociedade machista, homofóbica e preconceituosa. Muitas mulheres sofrem diariamente ofensas e agressões, sem poder impor suas vontades ou ter alguém que as escutem e defendam, tendo de se manter caladas diante de tamanha injustiça. Por isso, o índice de homicídios e feminicídios está crescendo, a cada 5 mulheres mortas 3 são negras. Apesar da homologação da Lei Maria da Penha em 2006, falta muito para que as mulheres sintam-se protegidas e amparadas. Ainda, os índices de violência contra a mulher estão altíssimos, e por se sentirem desprotegidas, as mulheres se rendem a tratamentos violentos, por vezes tendo que se retrair para não sofrer novas agressões. Outra forma de discriminação é quando a mulher negra é menosprezada pela sua cor, sendo ofendidas e humilhadas, principalmente quando buscam acesso aos empregos, saúde, educação e um espaço digno na sociedade. Por isso, muitas vezes se submetem a subempregos e desistem de lutar por seus sonhos. Para trazer à tona esta temática, o NEABI/BG realizou atividades alusivas à semana da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, com rodas de conversas, palestras e a publicação via online através do Instagram do núcleo, de personalidades femininas que influenciaram na luta das mulheres negras no país. Ainda, foram expostos cartazes de entrevistas realizadas com mulheres negras atuantes no IFRS Campus Bento Gonçalves com o propósito de evidenciar as dificuldades encontradas pelas mesmas para conseguirem um emprego. Essas informações, de cunho informativo e reflexivo a respeito de seus relatos impactantes, puderam dar uma visibilidade a realidade que acomete as mulheres negras em nossa sociedade. Com isso, o NEABI passa a realizar atividades de divulgação e de luta contra o preconceito e a discriminação, através da visibilização e reverênciação da mulher negra na nossa comunidade, buscando igualdade e respeito, para que possamos ter uma sociedade digna onde o machismo e racismo não tenham espaço e que a voz feminina seja escutada e atendida.

 

 


Palavras-chave


Mulher negra; Preconceito; Visibilidade.

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