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Este projeto de ensino desenvolvido no campus Osório do IFRS pretende abordar a transgeneridade na escola e sua relação com a educação em direitos humanos. O projeto almeja identificar processos educativos que proporcionam um ambiente acolhedor e, além disso, almeja reconhecer conflitos e violências experienciadas por pessoas trans no campus. Perceber, refletir uma realidade escolar possui relevância, pois se torna possível propor meios de mudança dessa realidade e impulsionar a construção de relações educativas que afirmam a diversidade na instituição. O desenvolvimento desta proposta centra-se na necessidade do entendimento sobre a constante inviabilização de direitos através de violências e violações das quais, dentro e fora do campus, são sofridas pelas pessoas trans. As violências afetam o desenvolvimento como sujeitos das pessoas trans e acarretam prejuízos relacionais e de ensino-aprendizagem. Para atingir os objetivos, a metodologia proposta baseia-se na organização do projeto em três etapas: 1) leitura de textos e artigos sobre as temáticas de gênero e direitos humanos. Referências como Guacira Lopes Louro, Judith Butler, Berenice Bento, Heleieth Saffioti são centrais nos estudos e discussões; 2) realização de encontros de acolhimento e escuta para dialogar sobre as necessidades da comunidade trans no campus e atividades de conscientização como rodas de conversa/ palestras com pessoas trans; 3) produção de materiais didáticos que contarão com o apoio de entrevistas exclusivas com pessoas da comunidade que serão disponibilizadas de forma online. Tendo isso em consideração, até o momento, pode-se concluir a pertinência e complexidade dos estudos. É preciso a construção de relações educativas críticas e acolhedoras que estejam comprometidas com a análise de realidades contrastantes dentro de uma mesma comunidade e da discriminação e repressão que a temática trans evoca. Hostilidade que é reforçada por vários tipos de dispositivos, incluindo os institucionalizados e interpessoais que apresentam suas próprias características e particularidades. O projeto, até o momento, evidenciou como estruturas de poder se utilizam do machismo, binarismo e LGBTfobia para perdurar. Nesse sentido, a educação é uma possibilidade de mudança que constrói o reconhecimento das diversidades como algo imprescindível na vida em sociedade.

Direitos Humanos; Diversidade; Transgeneridade