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O neoliberalismo e a educação: apontamentos para pensarmos a escola
Daniela Cao, Edson Carpes Camargo

Última alteração: 21-11-2022

Resumo


A crescente influência do neoliberalismo no âmbito educacional brasileiro é notória. Um exemplo disso, são os termos cada vez mais utilizados e experienciados nas escolas: desempenho, eficiência, empreendedorismo, engajamento, adequação do ensino à competitividade, qualidade total, modernização da escola, descentralização, entre tantos outros, os quais acabam por vincular a educação ao campo empresarial e desassociar o campo social e político da educação. Enquanto educadora em formação, vivenciando um processo educativo e observando como a racionalidade neoliberal está presente no campo educacional é que emerge a motivação para esse estudo. É nesta perspectiva que se instala esta pesquisa, com o objetivo de analisar os atravessamentos neoliberais na educação, atrelando a perda de autonomia das escolas por meio de medidas isoladas que atingem zonas específicas do sistema educacional. O percurso teórico-metodológico foi constituído de Pesquisa Bibliográfica de cunho exploratório ainda em construção a partir da análise das obras em relação aos efeitos do neoliberalismo no nosso sistema educacional. As leituras já realizadas apontam a construção do capital humano na nossa educação, incentivando, cada vez mais, a competitividade e o individualismo, o que acaba por contribuir para a desigualdade social, a qual é cada vez mais exposta e as escolas públicas continuam sendo alvo daqueles que detém o poder econômico e político. Este estudo tem possibilitado elencar elementos que contribuem sobremaneira para a formação de professores apresentando os movimentos que a racionalidade neoliberal realiza confundindo a educação com uma mercadoria. Neste momento, a pesquisa é incipiente, mas tem suportado a realização de trabalhos de conclusão de curso que se detiveram em analisar políticas públicas como a Política Nacional da Alimentação Escolar e o Programa Nacional do Livro Didático, em especial para a educação infantil. Consideramos que, na perspectiva de um Estado mínimo, as transformações econômicas enfraquecem as escolas públicas potencializando os discursos de precarização e desqualificando a formação educacional no ensino público. Sendo assim, nosso olhar será focado agora para a política do Plano Nacional de Educação 2014-2024, buscando atentar que a educação está seguindo uma racionalidade neoliberal, em que a educação é comercializada como um produto em busca dos sujeitos flexíveis empreendedores de si.


 


Palavras-chave


Educação; Escola pública; Neoliberalismo.

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