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Desde o começo da pandemia, filmes passaram a ser majoritariamente consumidos através de plataformas de streaming, fato que se destaca entre estudantes em ensino remoto. O conteúdo dessas plataformas é sugerido por meio de algoritmos de engajamento que favorecem a baixa diversidade de títulos, priorizando obras estrangeiras, o que acarreta no não cumprimento do Art. 26º, 8§ da Lei 13.006 de 2014, o qual prevê o acesso a filmes nacionais como parte da formação pedagógica escolar. Assim, com o intuito de ampliar a visão da linguagem cinematográfica, bem como introduzir a historiografia do cinema nacional para que os estudantes diversifiquem o seu consumo, este projeto objetivou analisar o consumo de filmes em plataformas de streaming pelos alunos do Ensino Médio Integrado do IFRS – Campus Osório durante a pandemia antes e após o oferecimento de oficinas sobre linguagem cinematográfica e cinema brasileiro. Para tanto, a metodologia empregada contou com as seguintes etapas: (i) aplicação de questionários sobre os hábitos de consumo em streaming durante a pandemia, (ii) promoção de oficinas, (iii) realização de um grupo focal para debater o impacto das oficinas no consumo e compressão sobre cinema dos estudantes; (iv) análise dos resultados. Foi possível verificar que os alunos estudantes mantiveram seus hábitos de consumo de filmes através das mesmas plataformas de streaming que já acessavam anteriormente; contudo, dentre as produções cinematográficas disponíveis, começaram a diversificar as escolhas. Foi possível observar que alguns participantes do projeto assistiram a mais produções nacionais desde então e também ficaram mais atentos para aspectos da linguagem do cinema, enriquecendo as experiências com os filmes. Dessa forma, esse projeto pode não apenas identificar os hábitos de consumo dos estudantes, mas diversificá-los através da indissociabilidade proporcionada pelas oficinas de extensão, mostrando que apenas o acesso a diversos materiais não é suficiente.

Cinema, Pandemia, Streaming