Portal de Eventos do IFRS, 7º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Condições ambientais de praças públicas de Porto Alegre, localizadas em regiões com diferentes realidades socioeconômicas, como fator estimulador à prática da atividade física.
Daniel Ortiz Prado, Ângelo Cássio Magalhães Horn, Luciane Lemos da Silva, Cintia Mussi Alvim Stocchero, Vera Lúcia Milani Martins

Última alteração: 21-11-2022

Resumo


A atividade física regular tem papel central na manutenção da saúde, reduzindo a chance do desenvolvimento de uma série de doenças crônicas não transmissíveis. Nas cidades, um espaço para a prática da atividade física são as praças, em razão de seu número e distribuição. O objetivo deste trabalho foi o de avaliar o conjunto de condições ambientais associadas ao estímulo da prática da atividade física presente em praças públicas do Município de Porto Alegre, localizadas em regiões com diferentes realidades socioeconômicas. Para tanto, foram identificadas 17 regiões em Porto Alegre e obtido o Índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) e o Coeficiente de Gini (Gini) de cada região, os quais serviram como indicadores de suas realidades socioeconômicas. Após, as praças da cidade foram divididas segundo sua área (m²) em 5 categorias: 1) 1 a 5.000, 2) 5.001 a 10.000, 3) 10.001 a 20.000, 4) 20.001 a 40.000 e 5) acima de 40.001 e estimado o número de praças a ser amostrado em cada categoria. O instrumento para avaliação das condições ambientais das praças públicas foi o Physical Activity Resource Assessment (PARA) versão traduzida 1.2, que considera para cada praça a estrutura presente para a atividade física, a estrutura para o conforto do usuário, condições de limpeza, os serviços e o acesso. A coleta dos dados das praças foi feita pelos pesquisadores, individualmente, após capacitação conjunta e coleta sobreposta para algumas praças. A partir dos itens avaliados pelo PARA foi criado um índice de qualidade (IQ) para cada praça. Posteriormente, calculou-se o coeficiente de Correlação de Pearson e realizou-se uma regressão linear entre o IQ das praças amostradas e o IDHM e o Gini das regiões nas quais as mesmas estavam inseridas, para um nível de significância de 5%. Porto Alegre possui 684 praças, sendo 54,68%; 23,1%; 14,62%, 5,85% e 1,75% pertencentes às categorias de 1 a 5, respectivamente. Assim, devendo ser amostradas 26, 11, 7, 3 e 1 praças em cada categoria, respectivamente. O IDHM para as regiões de Porto Alegre variaram de 0,638 à 0,935 e o Gini de 0,415 à 0,5796. Foram avaliadas as 11 praças da categoria 2, no qual o IQ variou de -2 à 16. Não houve correlação significativa entre o IQ dessas praças e o IDHM ou o Gini das regiões nas quais as mesmas estão inseridas, assim como a variabilidade do IQ tem pouca explicação (28,46%) com base nesses dois índices. Um maior número de amostras deve ser adicionada à análise a fim de revelar se existe relação entre as condições ambientais das praças e a realidade socioeconômica na qual as mesmas estão inseridas.

Palavras-chave


Atividade física; Praças; Realidade socioeconômica

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