Portal de Eventos do IFRS, 7º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Monitoramento de cultivares da planta forrageira Megathyrsus maximus sob pastejo com lotação intermitente com bovinos leiteiros na região do Planalto Médio do Rio Grande do Sul
Graziele Laís Garmatz, Jorge Nunes Portela

Última alteração: 04-12-2022

Resumo


As plantas forrageiras com ciclo perene, que vegetam da primavera ao outono apresentam grande potencial de produtividade e economicidade no sistema de produção animal, uma vez que após implantadas perenizam a produção de forragem por vários ciclos. Essa condição, possibilita no planejamento forrageiro economia com implantações anuais, mantém o solo protegido, desenvolve um sistema radicular de maior massa e potencializa-se o rebrote pós desafios de escassez hídrica. Dessa forma, são plantas que vêm ganhando reconhecimento na produção regional, condição que justificam o desenvolvimento de pesquisa na área. O projeto possibilita a vivência de alunos e acadêmicos do IFRS Campus Sertão em conteúdo de disciplinas de Forragicultura e correlatas sobre características morfológicas e estruturais da pastagem manejada sob desfolhação com lotação intermitente. O trabalho é conduzido na área agrícola pertencente ao IFRS - Campus Sertão, sendo cinco cultivares, em um delineamento de blocos casualizado, totalizando 20 parcelas com 187,5 m2 cada. As condições para a realização das aulas e desenvolvimento de trabalhos acadêmicos são alturas de pastejo e de resíduos para as cultivares: Aruana, Tamani e Gatton panic de 60 e 25 cm; Quênia de 70 e 35 cm; e Zuri de 80 e 40 cm, respectivamente altura de entrada e saída dos animais. Os pastejos são realizados com bovinos leiteiros e a altura do dossel é monitorada semanalmente no período de crescimento. Nos meses de inverno, como existia um banco de semente de Lolium multiflorum Lam. (Azevém) o mesmo passou a integrar a composição do dossel forrageiro gerando condições de pastejo na área. No final de inverno e início de primavera com o surgimento da rebrotação de perfilhos, em gemas basais das cvs. de Megathyrsus compõem um indicativo de sucessão de plantas com elevado potencial de forrageamento. Os resultados com a cultivar BRS Quênia teve os melhores índices de Taxa de Crescimento Vertical do dossel (TCV) em centímetros/dia, seguido por Aruana, BRS Zuri, BRS Tamani e Gatton Panic, respectivamente. Através dos índices de TCV, estimou-se a quantidade de pastejos em 2021/2022, com seis desfolhações em BRS Quênia e Aruana, cinco em BRS Tamani e quatro vezes em Gatton Panic e BRS Zuri. Também se destacou a resistência das plantas à cigarrinha das pastagens e a aceitabilidade das forrageiras por parte dos animais. Identificou-se que as cultivares BRS Quênia, Aruana, BRS Tamani e BRS Zuri apresentam condições para serem utilizadas sob pastejo entre os meses de dezembro e março, enquanto Gatton Panic e Aruana mostram-se capazes de aumentar o ciclo de pastejo. Os resultados indicam persistência produtiva das cultivares e são demonstradas em momentos de vivências práticas a estudantes de Cursos Técnico em Agropecuário, Superiores e a agricultores da Região do Planalto Médio do RS.

Palavras-chave


Mediar aprendizados; Forragicultura; Altura de pastejo.

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