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Monitoramento de cultivares da planta forrageira Megathyrsus maximus sob pastejo com lotação intermitente com bovinos leiteiros na região do Planalto Médio do Rio Grande do Sul
Última alteração: 04-12-2022
Resumo
As plantas forrageiras com ciclo perene, que vegetam da primavera ao outono apresentam grande potencial de produtividade e economicidade no sistema de produção animal, uma vez que após implantadas perenizam a produção de forragem por vários ciclos. Essa condição, possibilita no planejamento forrageiro economia com implantações anuais, mantém o solo protegido, desenvolve um sistema radicular de maior massa e potencializa-se o rebrote pós desafios de escassez hídrica. Dessa forma, são plantas que vêm ganhando reconhecimento na produção regional, condição que justificam o desenvolvimento de pesquisa na área. O projeto possibilita a vivência de alunos e acadêmicos do IFRS Campus Sertão em conteúdo de disciplinas de Forragicultura e correlatas sobre características morfológicas e estruturais da pastagem manejada sob desfolhação com lotação intermitente. O trabalho é conduzido na área agrícola pertencente ao IFRS - Campus Sertão, sendo cinco cultivares, em um delineamento de blocos casualizado, totalizando 20 parcelas com 187,5 m2 cada. As condições para a realização das aulas e desenvolvimento de trabalhos acadêmicos são alturas de pastejo e de resíduos para as cultivares: Aruana, Tamani e Gatton panic de 60 e 25 cm; Quênia de 70 e 35 cm; e Zuri de 80 e 40 cm, respectivamente altura de entrada e saída dos animais. Os pastejos são realizados com bovinos leiteiros e a altura do dossel é monitorada semanalmente no período de crescimento. Nos meses de inverno, como existia um banco de semente de Lolium multiflorum Lam. (Azevém) o mesmo passou a integrar a composição do dossel forrageiro gerando condições de pastejo na área. No final de inverno e início de primavera com o surgimento da rebrotação de perfilhos, em gemas basais das cvs. de Megathyrsus compõem um indicativo de sucessão de plantas com elevado potencial de forrageamento. Os resultados com a cultivar BRS Quênia teve os melhores índices de Taxa de Crescimento Vertical do dossel (TCV) em centímetros/dia, seguido por Aruana, BRS Zuri, BRS Tamani e Gatton Panic, respectivamente. Através dos índices de TCV, estimou-se a quantidade de pastejos em 2021/2022, com seis desfolhações em BRS Quênia e Aruana, cinco em BRS Tamani e quatro vezes em Gatton Panic e BRS Zuri. Também se destacou a resistência das plantas à cigarrinha das pastagens e a aceitabilidade das forrageiras por parte dos animais. Identificou-se que as cultivares BRS Quênia, Aruana, BRS Tamani e BRS Zuri apresentam condições para serem utilizadas sob pastejo entre os meses de dezembro e março, enquanto Gatton Panic e Aruana mostram-se capazes de aumentar o ciclo de pastejo. Os resultados indicam persistência produtiva das cultivares e são demonstradas em momentos de vivências práticas a estudantes de Cursos Técnico em Agropecuário, Superiores e a agricultores da Região do Planalto Médio do RS.
Palavras-chave
Mediar aprendizados; Forragicultura; Altura de pastejo.
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