Portal de Eventos do IFRS, 7º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Mapeamento e catalogação taxonômica da fauna e flora do Parque Natural Municipal Saint Hilaire: um estudo de viabilidade para ecoturismo.
Carlos Henrique Vaz Machado, DENIRIO ITAMAR LOPES MARQUES, Rosana Serpa

Última alteração: 21-11-2022

Resumo


Resumo
Determinação da Biodiversidade em Unidade de Conservação (UC) torna-se essencial para a gestão destes espaços. Este trabalho deu-se no Parque Natural Municipal Saint Hilaire (PNMSH), localizado no município de Viamão, RS, sendo este uma UC de Proteção Integral. Rico em recursos hídricos, pois há mais de 30 nascentes, dentre elas a do Arroio Dilúvio que soma-se à Represa Lomba do Sabão, possibilitando um ecossistema ímpar e abrigando diversidade e riqueza biológica significativa. Nesta UC há diversas trilhas. Para este trabalho, utilizou-se o percurso da Trilha da Coruja. Assim, pôs-se como objetivo o mapeamento da fauna e da flora e criar a classificação taxonômica de algumas espécies de destaque na ocorrência. Como etapas metodológicas, realizou-se reunião com a Gestão da UC e a realização de duas saídas de campo com duração de três horas por percurso, no segundo semestre de 2021. No percurso de 3 quilômetros, em trilha circular, pesquisadores registraram dentro de uma área de 189.992,6 m², observações de pontos estratégicos com ocorrência de plantas vasculares e possíveis locais de ocorrência de tetrápodes. Durante a segunda saída de campo foi possível pré-determinar os pontos-chaves de ocorrências de espécies tetrápodes como o registro do Ratão do banhado (Myocastor coypus) que foram encontrados na região oeste da UC, assim como espécies de briófitas e líquens nas regiões sul e sudoeste e espécies de monocotiledôneas da família arecaceae como o Butiá capitata Butia capitata (Mart.) Becc. registrado com distribuição aleatória. Utilizou-se, também, o registro de espécies por armadilhas fotográficas, registro de pegadas e fezes. Assim, obteve-se inventário preliminar e posterior classificação taxonômica, compondo o acervo de informação fornecido à gestão da UC. Sugeriu-se à gestão confeccionar placas informativas a serem distribuídas em pontos específicos da trilha, tendo a possibilidade também das informações por meio da tecnologia de QR Code. Acredita-se que o uso desta tecnologia amplia a interação e o interesse do público, sobretudo a interatividade dos estudantes da educação básica e superior. Resultados neste trabalho apontam que a implantação de uma trilha interpretativa traz um diferencial que agrega às escolas com metodologias atrativas e inovadoras que aproximam homem e natureza proporcionando discussão sobre a teoria do antropocentrismo versus a teoria da ecopedagogia por meio atividades de conhecimento dos pontos de paradas estratégicas, onde serão encontradas as espécies-chaves ou o registro de ocorrências das mesmas, apresentando informações detalhadas e sua relevância acadêmica e ambiental. Os materiais resultantes da taxonomia e criação da interface virtual: mapas, placas de identificação de espécies e site para repositório de dados acadêmicos foram disponibilizados à gestão desta UC.

Palavras-chave


Espécies Sentinelas. Trilhas Interpretativas. Educação Ambiental.

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