Portal de Eventos do IFRS, 6º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Estratégias de desfolhação da Festuca arundinacea Schreb cv. inia fortuna (LE 14-84) no planalto médio do Rio Grande do Sul.
Patrícia Anzanello, Jorge Nunes Portela, Darlan Teilor Dirings Cesca, João Vitor Piccinini, Maria Tereza Bolzon Soest

Última alteração: 17-11-2021

Resumo


O Sul do Brasil conta com condições edafoclimáticas favoráveis para a produção animal em pastagem e uma diversidade em recursos em genótipos de plantas forrageiras que podem atender a diferentes demandas dos sistemas de produção em pastagem. Nesse contexto, a planta forrageira festuca, apresenta ciclo vegetativo mais intenso do outono a primavera, ou seja, longa duração e com ampla distribuição em regiões de clima temperado. A planta tem se destacado pelo crescimento em faixas de temperaturas mais elevadas, como as registradas nos meses de verão, comparado a outras espécies temperadas. A forragem produzida quando manejada sob critérios técnicos de desfolhação específicos tende a apresentar elevada qualidade. A partir dessas informações, o estudo teve o objetivo de identificar a taxa de crescimento, a produção de forragem e a composição morfológica da espécie forrageira Festuca arundinacea Schreb cv. INIA Aurora (LE 14-84) sob desfolhação com lotação intermitente no planalto médio do Rio Grande do Sul. O experimento, conduzido na área agrícola do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Sertão, no município de Sertão, RS. O protocolo foi implantado em 2019 e segue em avaliação até a presente data como um experimento de longa duração. As variáveis mensuradas envolvem produção e composição morfológica da forragem e características de perfilhamento. Os tratamentos envolvem duas alturas para entrada e duas para saída dos animais em pastejo, que representam os tratamentos: T01 - 25 cm x 10 cm; T02 - 25 cm x 5 cm; T03 - 20 cm x 10 cm; e T04 - 20 cm x 5 cm, representando duas frequências de 20 e 25 cm e duas intensidade de desfolhação de 5 e 10 cm. A altura do dossel (cm) estava sendo mensurada a cada três dias, porém com a Pandemia da doença do Coronavírus foi interrompida e realizada em intervalos maiores. A quantificação da massa de forragem foi realizada sempre no pré-pastejo. A Festuca respondeu com produção de forragem distribuída, com certa uniformidade, da primavera ao outono atendendo a momentos de escassez de forragem gerados por baixas pluviosidades. A planta demonstrou condições de persistência e recuperação pós chuvas muito superior as outras espécies de ciclo anual. A restrição em termos de produção dos dosséis independentemente da estratégia de desfolhação utilizada ficou associada ao período do verão.


Palavras-chave


Desfolhação. Perene. Planejamento forrageiro.

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