Última alteração: 15-12-2021
Resumo
O projeto “Tópico em Educação Antirracista” surge conforme a Lei nº 10.639/2003, que altera a Lei nº 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica. Para entendermos a motivação do projeto, devemos reconhecer o contexto do racismo no Brasil como um fator estrutural. Por exemplo, a cidade em que surge o projeto, Alvorada - RS, situa-se em uma região metropolitana da capital do Rio Grande do Sul e é a segunda cidade do estado com o maior índice de homicídio de jovens negros. A partir desse cenário, pode-se problematizar o quanto o racismo permeia outras esferas da cidade, como o ambiente escolar. Sendo assim, o propósito deste projeto é contribuir para a formação de profissionais da educação, principalmente daqueles que trabalham nas redes públicas. A partir destes profissionais, objetivamos fazer a conexão das práticas antirracistas com as salas de aula de todo o país e, assim, levar para cada região do Brasil a importância de abordarmos o antirracismo nas escolas. Durante a realização do programa, tivemos dez encontros com os participantes. Em cada encontro, abordávamos um tópico do Antirracismo; após cada aula ministrada pela coordenadora do projeto e pelos convidados e convidadas, perguntas eram respondidas e um debate sobre o tema era realizado. Além disso, semanalmente aconteciam encontros entre os bolsistas e a coordenadora, nos quais organizávamos o próximo encontro, tirávamos dúvidas e estudávamos as temáticas definidas. Os resultados obtidos com o projeto foram definitivamente significativos. Obtivemos, ao todo, 80 participantes e contribuímos para a formação de professores de, pelo menos, cada região do Brasil. Atingimos nosso público-alvo e socializamos o projeto em eventos científicos. Dado o exposto, concluímos que o programa Tópicos em Educação Antirracista é de extrema importância para a criação de um ambiente acadêmico e cotidiano antirracista, principalmente para os estudantes do nosso país, que é cultural e estruturalmente racista.