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A informalidade como veículo da precarização e sua relação com o trabalho feminino
Angela Mendes Jacques Mombelli, Alexandre Ricardo Lobo de Sousa, Elisa Daminelli

Última alteração: 22-11-2021

Resumo


O trabalho é o que distingue o ser humano dos demais animais, que produz sua subsistência com criatividade. Ao contrário de uma abelha que constrói uma colmeia sempre da mesma forma, ele cria sua casa conforme o meio em que vive. Assim, o trabalho deve ser visto como fonte de renda e também como um direito. Numa sociedade complexa como a nossa, em que o trabalhador, pela sobrevivência produz para outro, esse sentido perde-se e configura-se entre os que tem um caráter formal, e os informais. O problema intensifica-se quando pensamos na questão de gênero, além da questão da disparidade salarial, há a chamada dupla jornada de trabalho, agravada neste momento pandêmico. A realocação das vagas tem intensificado a situação de precaridade do trabalho feminino, pois muitas vezes, quanto reconquistam um posto de trabalho, o conseguem com uma remuneração inferior. Além de ter que buscar sustento a si, e muitas vezes também para sua família, mesmo em situação de desemprego, a mulher necessita cuidar dos afazeres de casa, trabalho que não é socialmente reconhecido como tal. A consciência do problema é o primeiro passo para sua superação, não só em termos de buscar uma remuneração mais justa entre os gêneros como também para o reconhecimento do trabalho doméstico enquanto trabalho. Desta forma, objetivamos tornar visível a precarização do trabalho feminino neste momento pandêmico, mapeando tarefas domésticas que não tem o reconhecimento social e, assim, explicitar a desigualdade de gênero no mundo do trabalho. Como procedimento metodológico, realizamos leituras e fichamentos de livros e periódicos, buscamos também dados em sítios para obtenção de informações estatísticas. De início, constatamos que, devido ao assédio, o trabalho em aplicativos não são um caminho para a maioria das mulheres, elas tiveram acréscimo de 26 % de tarefas domésticas contra 2 % dos homens, enquanto que perderam 65% dos postos de trabalho e ao mesmo tempo 77% das novas vagas foram ocupadas por homens.

Palavras-chave


Trabalho. Informalidade. Precarização

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