A origem orgânica do projeto de ensino “laboratório de práticas corporais: inclusão escolar a partir do ‘se-movimentar’ humano no campus Osório” se encontra na identificação de expressivas lacunas de aprendizagem e compreensão no tocante às práticas corporais - conteúdos da Educação Física escolar -, nos alunos ingressantes na instituição. Tais lacunas reduzem as possibilidades de inclusão e de socialização desses alunos na instituição. Por outro lado, relatos de alunos “veteranos” que participaram em eventos esportivos ou artísticos (dança) no âmbito do IFRS, evidenciam forte sentimento de pertencimento à instituição. Objetivos: o contexto pandêmico, extraordinário, implicou ao projeto repensar suas ações no ano de 2021. No intuito de possibilitar aos estudantes compreender e utilizar as práticas corporais sistematizadas para acesso a outras culturas, como uma forma de refletir sobre a própria cultura, fortalecer as relações de pertencimento e valorizar a pluralidade sociocultural, foram realizadas duas ações junto à comunidade discente:” o clube de xadrez”; e a “memórias em movimento”. A primeira visa oferecer, remotamente, a oportunidade de os alunos aprenderem e praticarem o jogo de xadrez. A segunda visa oportunizar aos discentes espaço e tempo para contarem suas histórias relacionadas com práticas corporais no âmbito do campus. “Memórias em movimento” parte do pressuposto de que contar histórias passadas por meio de palavras, gestos, sentimentos, podem unir sujeitos de um mesmo lugar e fazer com que cada um sinta-se parte de uma mesma comunidade. Metodologia: o clube de xadrez é ministrado por um aluno cego, acontece todas às terças-feiras e conta com mais de 20 participantes regulares. As memórias estão sendo coletadas desde o dia 10/09 no instagram do projeto e, até o presente momento, já foram recebidas cinco memórias. Resultados: ainda que com resultados tímidos, entende-se que as experiências propiciadas pelas duas ações são humanizadoras e corroboram para a aproximação entre os alunos e a instituição, valorizando o sentimento de pertencimento.  Conclusão: entende-se que, dessa forma, o projeto contribui com os esforços empreendidos por todo o IFRS no que diz respeito à permanência e êxito dos alunos.