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Enraizamento de estacas lenhosas e herbáceas do mirtileiro submetidas a diferentes concentrações de AIB
Thaís Aline Dierings, Bruna Dalcin Pimenta, Tamara Gysi, João Rudolfo Henn, Gustavo Kumm Brixner

Última alteração: 22-11-2021

Resumo


O mirtilo (Vaccinium spp.) é uma fruta exótica de sabor agradável, conhecida como “fonte da longevidade”, e atualmente tem sido uma ferramenta para diversificação na agricultura familiar, além de ser atrativa economicamente. Sabe-se que a técnica da estaquia possibilita obter mudas em menos tempo, no entanto, a falta de informações sobre a melhor época de retirada das estacas e sobre a concentração ideal de ácido indolbutírico (AIB) para o enraizamento, dificultam a realização da estaquia da cultura. Sendo assim, esse trabalho objetiva avaliar o enraizamento das estacas lenhosas e herbáceas da cultivar Clímax em diferentes épocas de retirada do pomar (inverno e primavera), sob aplicação exógena de AIB em diferentes concentrações (0; 2.000; 4.000 e 6.000 mg.l-1), no município de Ibirubá/RS. Para isso, foi instalado o experimento em 2021, conduzido em ambiente coberto com sombrite, sendo o material vegetal utilizado para a estaquia oriundo das plantas cultivadas à campo na mesma instituição. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com quatro repetições e oito estacas por parcela/vaso, constituído por arranjo bifatorial 4x2. As estacas do inverno, que eram lenhosas, foram retiradas na data de 12/08/2021, além disso, no preparo das mesmas foi retirado todas as folhas presentes. Já as estacas retiradas na primavera (28/09/2021) eram herbáceas, e no ápice das mesmas foi mantido duas folhas, as quais foram cortadas ao meio. Em ambas as épocas as estacas foram preparadas com aproximadamente 12 cm, além de que todas elas foram submetidas a um corte em bisel na parte inferior, e posteriormente, tratadas com imersão no AIB por 10 segundos e colocadas para enraizar em vasos plásticos de 12 L, contendo o substrato de areia e casca de arroz carbonizada, na proporção de 2:1, sendo as mesmas irrigadas diariamente. As estacas serão avaliadas, após 100 dias da implantação do experimento, em relação ao enraizamento, mas também serão medidos o diâmetro e a altura das mesmas. Ressalta-se que, já é possível verificar visualmente que as estacas lenhosas estão apresentando melhor desenvolvimento, com mais brotações e aspecto sadio, em relação as herbáceas. No entanto, não se pode concluir ainda em relação as concentrações de AIB. Posteriormente, todos os dados obtidos serão submetidos à análise de variância (ANOVA) e análise de regressão e as médias comparadas pelo teste F e Tukey, a 5% de probabilidade. A partir dos resultados desse experimento busca-se auxiliar os pequenos produtores locais de mirtilo a produzirem as próprias mudas.


Palavras-chave


Mirtilo. Estacas. Enraizamento.

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