A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (SEAPDR) conta com o projeto “Educação Sanitária na Escola”, criado em 2010, que tem servidores como agentes disseminadores de Educação Sanitária em Defesa Agropecuária em escolas de ensino básico. De 19 regionais da Secretaria, apenas três contam com ações recorrentes em escolas. Oriundo de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, este artigo apresenta resultados de entrevistas semiestruturadas aplicadas no âmbito de uma pesquisa de mestrado profissional que objetivou investigar como se dá a vivência profissional dos servidores que são referências em Educação Sanitária na SEAPDR, suas demandas de trabalho, e quais os obstáculos e dificuldades que enfrentam na aplicação do projeto “Educação Sanitária na Escola”. As entrevistas apontaram para profissionais com elevado nível de formação, sem experiência pedagógica e com uma grande demanda de tarefas no ambiente de trabalho, dificultando as ações de Educação Sanitária em escolas. Paralelamente, entrevistas com servidores em regionais onde há atuação em instituições de ensino analisaram como essas ações são construídas, verificando-se que a relação destes servidores com diretores e professores das escolas apresenta fortes componentes da educação dialógica preconizada por Freire. Os resultados das entrevistas subsidiaram a elaboração de um produto educacional que auxiliasse estes servidores na expansão do “Educação Sanitária na Escola”.