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Resistência de Amaranthus spp. aos herbicidas glyphosate, chlorimuron-ethyl e 2,4-D
Eduardo Carlos Rüdell, Fernando Machado dos Santos, Maria Antônia Rossatto Novelli, Eduardo Luis Marcon, Daniel Piezentini

Última alteração: 10-11-2021

Resumo


O caruru (Amaranthus spp.) é uma planta daninha anual que vem aumentando sua frequência em lavouras da região Sul do Brasil, onde os herbicidas Glyphosate, Chlorimuron-ethyl e 2,4-D são os mais utilizados para o seu controle. Nas últimas safras observou-se controle insatisfatório desta planta daninha após a aplicação desses respectivos herbicidas, gerando a suspeita de seleção de biótipos resistentes. Neste contexto, realizou-se a coleta de 28 biótipos desta espécie daninha em áreas onde os agricultores destacaram dificuldade de controle com a utilização dos referidos herbicidas. O experimento foi realizado em casa de vegetação, com delineamento experimental inteiramente casualizado e com quatro repetições. Os biótipos foram semeados em embalagens tipo bandeja permanecendo até sua emergência, onde então, 14 biótipos que emergiram em quantidade suficiente foram transplantados em vasos plásticos, recebendo a aplicação dos tratamentos no estádio vegetativo de 3-4 folhas. Os tratamentos realizados foram glyphosate 960 g i.a. ha-1; 2,4-D 806 g i.a. ha-1; chlorimuron-ethyl 15 g i.a. ha-1 e testemunha sem aplicação. As variáveis analisadas foram porcentagem visual de controle aos 7, 14, 21 e 28 dias decorridos da aplicação, considerando uma escala visual de controle de 0 a 100, sendo zero a ausência de controle e 100 a morte da planta, além da fitomassa seca da parte aérea em relação às plantas não tratadas. Os dados foram verificados quanto à homogeneidade da variância e submetidos à ANOVA (p ≤ 0,05), sendo realizado o teste de Skott-Knott a 5% de probabilidade. O herbicida glyphosate proporcionou o controle satisfatório de quatro biótipos, apresentando sintomas muito sutis nos demais biótipos avaliados. O herbicida chlorimuron-ethyl demonstrou fitotoxicidez mais pronunciada nos biótipos em relação ao tratamento glyphosate, no entanto demonstrando controle satisfatório em apenas um biótipo. O tratamento 2,4-D proporcionou controle médio dos biótipos superior a 90%, demonstrando sua eficiência no controle das plantas em estádios iniciais. Esses resultados contemplam a primeira etapa para a caracterização da resistência de uma planta daninha a um herbicida, podendo evoluir para as próximas etapas, buscando concluir as demais etapas para caracterização da resistência e buscar alternativas para auxiliar no manejo das áreas com a presença dessa planta daninha, prevenindo sua disseminação, com ferramentas mais assertivas para o seu controle.


Palavras-chave


Planta daninha. Caruru. Controle químico.

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