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Análise da utilização de cadernos de campo por agricultores associados da Cooperativa Nova Aliança: cenário do uso de insumos e de manejos vitícolas
Oriana Ribeiro Silva, Marcus Andre Kurtz Almança, Leonardo Reffatti, Daiana Ribas Ribeiro Simão

Última alteração: 19-11-2021

Resumo


O panorama do uso de insumos e de manejos vitícolas necessita de um conhecimento sobre as práticas utilizadas pelos produtores, principalmente no uso excessivo de insumos agrícolas. O Rio Grande do Sul tem grande importância econômica na produção vitícola, dando ênfase na região da Serra Gaúcha. A maior parte da produção de uva é realizada em pequenas propriedades, com mão-de-obra familiar em áreas rurais. Por ser uma cultura que necessita de uma qualidade para consumo in natura e elaboração dos produtos, e que tem grandes problemas com doenças, o uso de fungicida é recorrente. A adoção de práticas que equilibram o uso de fungicidas com o manejo do parreiral acarretam em uma qualidade do produto final. O uso excessivo de fungicidas e a má administração dos mesmos podem resultar em perdas na qualidade da uva e problemas de saúde naqueles que administram e nos que consomem. Por conta disso, é fundamental realizar uma avaliação da adoção de cadernos de campo por produtores, além da apuração dos dados obtidos. O objetivo deste trabalho foi digitalizar os dados dos cadernos de campo da Cooperativa Nova Aliança e avaliar o perfil de uso de fungicidas por produtores. A maioria dos cadernos de campo da cooperativa se encontram no formato impresso, o que dificulta a sistematização dos dados. Na primeira etapa do projeto, os dados dos cadernos foram digitalizados a partir dos formatos em papel. Posteriormente, digitados em sistema informatizado desenvolvido pela cooperativa para inserir as informações no banco de dados. Foram digitalizados 800 cadernos, que representam 334 grupos familiares e 1.498,77  hectares de área plantada. Foram analisados resultados em relação aos fungicidas utilizados pelos produtores, considerando 146 cadernos de campo. Foi observado que 53 marcas comerciais diferentes de fungicidas foram utilizados.  Em relação aos fungicidas com maior ocorrência nos cadernos de campo, Calda bordalesa (sulfato de cobre) apareceu em 94,52% dos cadernos, seguido pelo Cercobin 875 WG (tiofanato metílico), 74,66%; Dithane NT WP (mancozebe), 60,27%; Antracol 700 WP (propinebe) 50%; Sumilex 500 WG (procimidona), 39,04%; Curzate WP (cimoxanil+mancozebe), 37%; Score 250 (difenoconazole), 34,93%; Delan WP (ditianona), 32,19%; Rival 200 EC (tebuconazol), 28,77% e Forum WP (dimetomorfe), 26,03%. Além disso, o Fitofós K Plus, um fertilizante foliar com conhecimento de ação fungicida, teve 42,47% de ocorrência nos cadernos cadastrados. Dentre os fungicidas citados acima, observou-se que 40% são de contato, 40% sistêmico e 20% de contato/sistêmico (no mesmo produto). Analisando o total dos 800 cadernos observou-se uma média de 13 aplicações por caderno, um custo médio de R$148,76 e os fungicidas como classe de produto mais utilizada.


Palavras-chave


Fungicidas. Manejo. Dados.

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