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Este trabalho apresenta um relato sobre a produção de música em tempos de distanciamento social através de minha experiência como bolsista de extensão no Coro Juvenil do Projeto Prelúdio. Esta atividade extensionista, desenvolvida no Campus Porto Alegre, possui mais de trinta anos de atuação artística ininterrupta e é formada por crianças e adolescentes entre 13 e 18 anos. Neste ano, os encontros foram iniciados em 10 de setembro de 2020, e ocorreram de forma virtual e quinzenal, valendo-se de um serviço de videochamada online e gratuito e escolhido pelas(os) participantes. Contudo, nestes encontros, em face das diferentes velocidades de conexão, dos diferentes dispositivos e, sobretudo, do delay propiciado pela comunicação em rede, as/os participantes não conseguiam se ouvir cantando em conjunto: os microfones permaneceram fechados, em uma experiência muito distinta daquela ofertada pela sala de ensaio. Na tentativa de dirimir esta questão e amplificar a nova vivência das(os) participantes, pensou-se em uma proposta artística que previu a criação de dois audiovisuais oriundos de canções do repertório do grupo, produzidos através de seus aparelhos de celular. Através de edição e montagem, sob a supervisão do coordenador da ação, o professor Pablo Alberto Lanzoni, foram unidas as vozes que, na tela, permanecem distanciadas. Neste trabalho, foram relatados os desafios impostos à dinâmica de ensaio do Coro Juvenil do Projeto Prelúdio, as novas práticas e alternativas utilizadas para diluir tais dificuldades, os movimentos de cooperação entre as/os participantes, um recorte da primeira produção audiovisual do grupo, que ainda receberá tratamento de som e imagem.

Música. Coro juvenil. Distanciamento social.