Última alteração: 04-02-2021
Resumo
O projeto “Nexus” surgiu há cerca de três anos através da Chamada Pública MCTIC/CNPq Nº 20/2017, visando financiar projetos que buscassem alternativas sustentáveis aos impasses hídricos, energéticos e alimentares em alguns Biomas brasileiros. O Nexus é coordenado pela Faculdade de Agronomia da UFRGS e conta com algumas parcerias pelo estado, dentre elas o programa EcoViamão. O objetivo é melhorar a segurança hídrica, energética e alimentar de cadeias agroalimentares na Região Metropolitana de Porto Alegre, consolidando iniciativas frente aos desafios alimentares do século XXI. O principal local de estudos é o Assentamento Filhos de Sepé (Viamão), que apresenta grande relevância agroecossitêmica e se destaca no cultivo de arroz e hortigranjeiros orgânicos, além de gado e agroindústrias. O projeto atua basicamente em três áreas estudos: I)“Dinâmica dos mercados agroalimentares no RS: mapeamento e análise socioeconômica”, que visa analisar as cadeias alimentares curtas do Estado, em especial na RMPA, tendo realizado entrevistas com agricultores no início deste ano, as quais estão em fase de discussão de resultados. II) Fomento ao SPDH (Sistema de Plantio Direto de Hortaliças), que é uma metodologia bastante impulsionada pela EPAGRI-SC e muito adequada aos solos frágeis e expostos na produção, trazendo benefícios à relação solo-água-planta, pois economiza água e compostos orgânicos externos, aumenta a oferta de macro e micronutrientes e reduz o impacto de plantas espontâneas (“inços”). III) Outro estudo é focado nas plantações do arroz de base ecológica (orgânico certificado e em transição), possuindo um coletivo maior de instituições, técnicos e bolsistas; o mesmo visa analisar a eficácia econômica e energética dos sistemas de produção em nada menos que cinco municípios do Estado (Viamão, Nova Santa Rita, São Jerônimo, Sentinela do Sul e Santa Vitória do Palmar), visando aperfeiçoar de forma participativa a prática produtiva do arroz, em especial no âmbito da reforma agrária. Até o momento, os projetos obtiveram bom engajamento de técnicos e produtores, apesar das limitações pela Covid19. As pesquisas e o acompanhamento da turma de bolsistas têm sido eficaz quanto à solução de alguns problemas que surgem e são tratados em reuniões semanais. As saídas a campo são revestidas de cuidados, mas algumas atividades coletivas foram canceladas, adiadas ou serão realizadas remotamente (dias de campo, seminários, etc.). A equipe segue seus trabalhos acadêmicos acreditando que a educação, ciência e a tecnologia de base agroecológica são capazes de transformar para melhor a realidade da população.