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DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA POTENCIAL PRELIMINAR DE TREPADEIRAS ENDÊMICAS DA MATA ATLÂNTICA SUL: MIKANIA ORLEANSENSIS HIERON.
Andressa Basso Oliveira, Maria Cláudia Melo Pacheco de Medeiros

Última alteração: 06-01-2021

Resumo


A Mata Atlântica é uma área biogeográfica com elevado grau de biodiversidade e endemismos que, devido ao histórico de intensa devastação, apresenta-se reduzida a fragmentos florestais remanescentes. Em sua composição, merecem destaque as plantas trepadeiras, um agrupamento de espécies de grande importância ecológica, mas ainda pouco estudado, especialmente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Esse grupo biológico sofre ameaças relacionadas à perda de habitat pelo desmatamento e, mais recentemente, às mudanças climáticas que alteram o potencial de sobrevivência e ocorrência das espécies. Este estudo tem como objetivo apresentar a distribuição geográfica potencial atual de Mikania orleansensis Hieron. (Asteraceae), uma espécie de trepadeiras endêmicas da Mata Atlântica do Sul do Brasil, de forma a subsidiar análises posteriores acerca do efeito das alterações climáticas globais em sua ocorrência futura. Para isso, foi elaborado um banco de dados, a partir do sistema de informações digitais de coleções científicas Specieslink, de localidades georreferenciadas das ocorrências conhecidas da espécie, o qual serviu como base para uma análise de modelagem de distribuição potencial atual do taxón, após conferência utilizando-se o QGIS. A modelagem foi realizada com o programa Maxent, a partir de 19 variáveis bioclimáticas disponíveis na base de dados do Worldclim, com resolução espacial de cerca de 1 km². Foram encontrados, ao todo, 169 registros de ocorrência de M. orleansensis, relacionados a 69 localidades distintas. O modelo de distribuição atual indicou que a porção sul do estado do Paraná, a região central de Santa Catarina e a região nordeste do Rio Grande do Sul apresentam maior probabilidade de ocorrência da espécie. A variável bioclimática temperatura máxima do período mais quente (bio05) foi a que apresentou maior contribuição para a obtenção do modelo de distribuição estimado, possivelmente por ter influência na floração da espécie estudada. A continuidade deste estudo incluirá a estimativa da distribuição potencial futura do táxon, em cenários climáticos previstos para 2050 e 2070, bem como a comparação dos resultados obtidos nos três modelos, para que se possa avaliar o impacto das alterações ambientais na sobrevivência da espécie de estudo nas próximas décadas.

Palavras-Chave: Biogeografia; Modelagem de distribuição; Asteraceae

 


Palavras-chave


Biogeografia; Modelagem de distribuição; Asteraceae

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