O movimento pela ciência aberta propõe uso livre e compartilhado de dados, procedimentos e resultados científicos, postura que representa uma impactante mudança na ciência. Tomada por esse princípio, a noção de hiperobjeto dá relevo à rede de saberes e princípios éticos conectados à materialidade tecnológica. Tratam-se de posições em torno da ciência e da tecnologia com altos potenciais de integração do ensino e de transformação social e que devem orientar ações e visão dos institutos federais. Incorporando esse espírito, o presente projeto busca desenvolver a interdisciplinaridade no contexto da formação profissional e tecnológica através de práticas de ciência aberta e da produção e utilização de hiperobjetos destinados ao uso científico. Como fundamento teórico, parte-se da proposta do aprendizado baseado em projetos, além do arcabouço teórico em torno ciência aberta e das tecnologias open source. Originalmente a proposta visava estabelecer a significação dos conceitos abordados nas discipĺinas básicas do Ensino Médio e a formação profissional e valorizar a integração entre os estudantes dos diferentes cursos do IFRS Campus Rio Grande através de práticas de produção e compartilhamento livre do conhecimento. Dadas as circunstâncias da Pandemia de Covid-19 e da interrupção das atividades presenciais no IFRS, os objetivos foram adaptados e  a metodologia do projeto tornou-se o grupo de estudos, orientado a divulgação dos princípios, dos referenciais teóricos e das experiências concretas em torno da ciência e tecnologia abertas. O grupo realiza leituras e discussões de referenciais, pesquisa de experiências concretas no campo da ciência aberta e tecnologias livres, bem como produção e divulgação dessas informações em plataformas on line. Considerando a mudança de objetivos e que o projeto encontra-se em andamento, o principal resultado parcial a ser destacado é o crescimento do grupo. Originalmente composto pelo professor orientador e quatro bolsistas, o grupo conta hoje com mais dois bolsistas voluntários, dois docentes e seus respectivos sete bolsistas. O grupo mantém uma dinâmica semanal de encontros através de plataformas virtuais através das quais realiza discussões a partir de estudos e organização de tarefas de divulgação científica. A partir da experiência do grupo de estudos e de seus aprendizados sobre ciência aberta e tecnologias livres, observa-se a importância de um trabalho de formação e de divulgação em torno dessas práticas, que devem fazer parte do conjunto de diretrizes para as ações dos institutos federais, em sua missão de popularização da educação científica e tecnológica e do desenvolvimento local e regional.