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O projeto Relações de poder e divisão sexual do trabalho na educação profissional de jovens mulheres é uma pesquisa qualitativa e exploratória que busca identificar como as relações de poder com base em gênero, raça, classe, região e demais marcadores sociais interferem na formação profissional das jovens estudantes. A pesquisa é voltada  para ensino técnico integrado ao Ensino Médio do IFRS dos câmpus Restinga e Ibirubá e tem como foco a divisão sexual do trabalho, um conceito moldado para determinar funções por gênero, dividida em esfera produtiva e reprodutiva, as quais são designadas respectivamente aos homens e às mulheres, sendo a primeira considerada hierarquicamente superior à segunda (HIRATA; KERGOAT, 2007). O objetivo deste trabalho é descrever as observações iniciais que deram origem ao projeto em relação às características dos cursos nos dois campus e, utilizando a metodologia de revisão bibliográfica, apresentar a primeira etapa do projeto, que envolveu buscar artigos, livros e demais materiais relacionados à nossa pesquisa, a fim de refletirmos sobre a realidade que queremos investigar. Os dados gerados durante o processo de pesquisa por meio de questionários e entrevistas serão utilizados para descrever as formas específicas que estas relações assumem nos diferentes cursos, sendo eles: Lazer, Informática e Eletrônica (campus Restinga) e Agropecuária, Informática e Mecânica (câmpus Ibirubá). Já observamos que existem pistas que apontam para a divisão sexual nas áreas técnicas, pela maneira como as estudantes relatam certas vivências e em alguns cursos também pela diferença no número entre meninos e meninas. Dados os conceitos necessários para a execução de uma pesquisa, começamos as leituras sobre o objeto de estudo proposto e fizemos buscas no Google Acadêmico sobre os termos “gênero”, “formação profissional”, “ensino médio”, “mulheres na tecnologia”, entre outros, que nos guiaram a artigos muito construtivos para nossa pesquisa. Realizamos leituras sobre luta de classes feminista no começo do movimento, o processo histórico da entrada das mulheres no mercado de trabalho, a abordagem da luta antirracista no feminismo e a comprovação da classe social na sala de aula (HOOKS, 2013; 2018) e dos dados que encontramos nos artigos sobre mulheres na ciência e na educação técnica e tecnológica. O resultado dessa pesquisa bibliográfica apontou que o fenômeno que queremos investigar de fato acontece de diversas formas em vários contextos, o que nos auxiliou a aprimorar as nossas percepções iniciais sobre a manifestação da divisão sexual do trabalho nos cursos dos nossos campi.

Pesquisa. Ensino técnico. Divisão sexual do trabalho