Trata-se de uma análise aprofundada com base em referencial teórico oriundo de uma pesquisa em andamento relacionada a um curso de mestrado profissional que aborda a educação profissional e tecnológica. O surgimento da Economia Exponencial impactou diretamente o que entendemos por mundo do trabalho ao reorganizar as relações de produção subjacentes. Neste trabalho, buscou-se analisar as transformações efetivadas pelos avanços da microeletrônica na base tecnológica de produção capitalista, o surgimento da Disrupção Digital e seus impactos na esfera da distribuição do produto social e seus reflexos no mundo do trabalho. Com foco nas Organizações Exponenciais, instituições de vanguarda destas transformações tecnológicas, investigamos as características inerentes do tipo de trabalho requerido, bem como as competências e habilidades exigidas do trabalhador nesta nova conjuntura. Ao analisar os imensos impactos causados pela proliferação de tecnologias digitais que reestruturam as relações de produção, ainda mais potencializados pela pandemia, consideramos que tais mudanças ainda estão longe de se consolidar, no sentido de portarem o potencial de transformar efetivamente o modo de produção capitalista.  A partir de uma pesquisa bibliográfica, de caráter exploratório de abordagem qualitativa, à luz da dialética,  este trabalho tem o objetivo de propor uma investigação teórica acerca das transformações do mundo do trabalho na Economia Exponencial. A partir desta análise é possível apontar uma transformação qualitativa na categoria trabalho, a partir de uma migração de um trabalho de tipo físico/objetivo para um trabalho de tipo intelectual/subjetivo centralizado no empreendedorismo enquanto ferramenta de apropriação material da classe trabalhadora sobre os meios de distribuição na sociedade capitalista.