Última alteração: 04-02-2021
Resumo
O presente projeto desenvolve ações de extensão integradas ao ensino da Educação Física, no nível de Ensino Médio Técnico, e na união das pesquisas realizadas pelo Grupo do IFRS nomeado Educação Física e a Educação Profissional. O objetivo principal do projeto Nós podemos discutir corpo, gênero e sexualidade na Restinga é proporcionar ações educacionais que abordem, em uma perspectiva crítica, as temáticas corpo, gênero e sexualidade no IFRS Campus Restinga, envolvendo estudantes, servidores/as e terceirizados/as, bem como a comunidade externa. O projeto é composto por um eixo que discute, sob uma perspectiva feminista, os atravessamentos que as mulheres têm que enfrentar historicamente para se livrar de formas de violência, de exclusão, de regras de condutas e de culturas. O outro eixo discute, sob a perspectiva da diversidade sexual, a relação da constituição do corpo na atualidade, tentando livrar-se dos aspectos biológicos e dogmáticos em torno do que é certo/errado. Esse espaço da temática LGBT+ pretende desconstruir e problematizar a norma política e sexual de controle de corpos e suas sexualidades. Os dois eixos são compostos por diferentes ações virtuais no âmbito da extensão, contemplando: ciclo de debates, seminários temáticos, fóruns de discussões, informações compartilhadas em uma rede social criada para esse fim, o Instagram discut.if. Esse projeto é uma das ações do Programa de extensão Feminismo na Restinga: a insurgência de mulheres na periferia e também possui como parceria o projeto de ensino Educação para o feminismo no Campus Restinga, que também teve seu início em 2018 e indica as demandas para problematizar a inclusão, permanência e êxito das mulheres no ensino profissional. Em 2020, as seguintes ações já foram organizadas: apresentação da temática para alunos de escolas da Restinga que visitaram o Campus em março, proposição de discussões sobre as temáticas gênero e sexualidade, educação sexual, direitos humanos. Este projeto simboliza, assim, a possibilidade de construção de um espaço institucional capaz de produzir discussões sobre as práticas educacionais na atualidade, bem como inserir a comunidade do extremo sul de Porto Alegre nos Institutos Federais, através de uma temática extremamente importante, que visa debater e combater as novas formas de intolerância.