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Os Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia foram instituídos em 2008, a partir da lei 11.892, passando por um processo de expansão e interiorização da educação científica e tecnológica, chegando, em 2016, a 644 campi, espalhados por 586 municípios brasileiros. No artigo VIII dessa Lei, que aborda as características e finalidades dos Institutos, encontra-se a realização de pesquisas aplicadas e  de produções culturais, a promoção do empreendedorismo e do cooperativismo, além do estímulo ao desenvolvimento científico e tecnológico. A presente pesquisa propôs-se a mapear as atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas nos Institutos Federais, caracterizando os sujeitos envolvidos no seu desenvolvimento, a saber, servidores pesquisadores (docentes e técnicos). Em um estudo de caso sobre o Campus Osório do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), iniciamos com uma pesquisa documental nos relatórios e arquivos institucionais, digitais e físicos, além do Sistema de Informação e Gestão de Projetos (SigProj). Observou-se que, no período entre 2011 e 2019, o segmento docente, respondeu pela maioria das coordenações (93,5% do total), desses, 68% das pesquisas desenvolvidas foram coordenadas por mulheres, chamando a atenção para o protagonismo feminino na execução dos projetos. Ressaltamos que, no ano de 2018, quando as mulheres coordenavam 65% dos projetos, o número de professores estatutários do gênero feminino e masculino eram muito semelhantes, visto que 47,8% eram mulheres e 52,2% homens. Diante do exposto, conclui-se que, embora numericamente ambos os gêneros sejam muito semelhantes, as mulheres apresentam maior engajamento nos projetos realizados no Campus, o que deve ser investigado a fundo para que haja a compreensão da raiz dessas diferenças.

Institutos Federais; Pesquisa; Gênero