O capim elefante é uma gramínea perene de estação quente que apresenta potencial para elevadas taxas de acúmulo de forragem da primavera ao outono na Região do Sul do Brasil. Em sistemas de pastejo com lotação rotacionado pode comportar até 12 UA (unidade animal) por hectare, produzindo forragem de alto valor nutricional e com a possibilidade de ser utilizada de diferentes formas. Contudo, pela ausência de treinamento sobre manejo de desfolhação da planta, o dossel forrageiro tende a apresentar a alta participação de colmo e material senescente, que respondem com baixo valor nutritivo da forragem. Condição, que somado a forma de plantio ser por mudas fizeram com que muitos agricultores substituíssem por outras espécies de forragens.  Nesse contexto, o projeto procura resgatar informações científicas sobre a espécie e avaliar a dinâmica da produção de forragem de Pennisetum purpureum Schumach em cv.  Merckeron Pinda, com diferentes frequências e intensidades de desfolhação em sistema rotacionado. O experimento está sendo conduzido no setor de bovinocultura de leite do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Sertão. A área experimental é composta por 12 parcelas com 150 m²cada (10 m x 15 m), com quatro tratamentos e três blocos (repetições). Os tratamentos envolvem duas alturas de dossel para início de pastejo, 100 e 80 cm que representam as frequências de desfolhação, e duas intensidades de pastejo representada pelas alturas de resíduos pós pastejo de 40 e 30 cm. Para a realização do pastejo utiliza-se bovinos leiteiros. Os registros das alturas do dossel passaram por alterações devido a pandemia e estão sendo quantificadas uma vez na semana. As amostragens referentes a produção de forragem, composição morfológica e densidade de perfilhos são quantificadas no pré-pastejo. Os resultados até o momento, pode-se destacar rebrote rápido pós período de inverno, altas taxas de crescimento com intervalos entre pastejos de 15 dias e resistência a restrição hídrica enfrentada nos últimos meses, possivelmente associado a estruturação de raízes. Nesse contexto, pode-se considerar a planta forrageira como importante para compor o planejamento forrageiro em sistemas de produção com bovinos leiteiros da Região, minimizando flutuações na produção de forragem, diminuindo a dependência por alimentos concentrados e possivelmente deixando maiores margens de renda aos modelos.