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MENINAS HIGH-TECH: DISCUTINDO DESIGUALDADE DE GÊNERO NA ÁREA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Nicole Marques da Silva, Vanessa Petró

Última alteração: 04-02-2021

Resumo


A desigualdade e a discriminação conforme o gênero vem sendo debatidas há décadas e estão expressas em documentos como a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Além disso, a igualdade de gênero está entre os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, propostos pela ONU. Entretanto, ainda são enfrentadas inúmeras barreiras no mundo acadêmico e do trabalho, no que se refere à participação das mulheres na ciência e na tecnologia. Dados do Inep (2017) indicam que há desigualdade de gênero na área da computação, pois o número de mulheres matriculadas nos cursos é muito menor que o de homens. Enquanto em 2001 as mulheres matriculadas representavam 24% do total, em 2017, representam apenas 14%. Tendo em vista este contexto, o objetivo do projeto é promover reflexões e ações sobre a participação feminina na área de Tecnologia da Informação (TI), buscando incentivar a atuação das meninas nessa área e problematizando as desigualdades de gênero. O projeto Meninas High-Tech foi criado na linha do “Meninas Digitais”, proposto pela Sociedade Brasileira de Computação, atuando no âmbito do Campus Feliz e de escolas situadas no município. As ações feitas na nossa conta do instagram são compostas por: postagens sobre mulheres importantes, que contam um pouco sobre a vida e contribuições dessas profissionais na área de TI; “CineDicas”, dicas de filmes e documentários que falam sobre área de TI e mostram questões de gênero; e lives, que discutem temas atuais e relacionados também ao universo de TI. Tais ações têm como objetivo discutir questões de gênero no âmbito da ciência e da tecnologia, apresentar a área de TI, com destaque especial à contribuição das mulheres nessa área e desenvolver atividades práticas de aproximação ao universo de TI. Após o retorno das atividades presenciais, o projeto terá continuidade com atividades relacionadas ao tema nas escolas, tais como: oficinas interativas, que visam estimular o aprendizado de TI por meninas ainda no Ensino Fundamental; e “Cine-Debates”, exibições de filmes e documentários, de forma presencial, que busquem discutir com o público após o encerramento da sessão sobre as questões de gênero na área de TI. Mas, mesmo com os imprevistos que ocorreram, as novas ações criadas já puderam mostrar que se sucederam positivamente, pois nos auxiliaram a conhecer melhor nosso público-alvo, além de serem ótimas ferramentas para fomentar as discussões propostas pelo projeto, discussões essas que até então não eram feitas na região.

Palavras-chave


Tecnologia da Informação. Gênero. Desigualdades

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