O constante aumento da produção e da produtividade agrícola, resulta na maior utilização de reservas naturais de nutrientes não renováveis. Alternativas sustentáveis têm sido procurada para a manutenção desta demanda, assim prolongando a vida útil das reservas naturais. O uso de fertilizantes orgânicos é uma prática utilizada em áreas de produção de grãos e pastagem como fonte de nutrientes renovável. O objetivo do trabalho foi avaliar as fontes alternativas de nutrientes na produção e qualidade das sementes de soja e milho. O experimento foi conduzido na área Experimental e no Laboratório de Sementes e Grãos do IFRS – Campus Ibirubá, na safra 2019/20. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados com quatro repetições. Para a soja foi utilizada a cultivar Syn VTOP RR e para o milho a cultivar hibrido KWS – K9500 PRO2. Os tratamentos foram: testemunha (sem fertilizante), dejeto líquido de suíno (DLS), fertilizantes orgânico, organomineral e mineral, os quais foram aplicados antes da semeadura das culturas. As doses foram determinadas conforme análise de solo e expectativa de produtividade. A campo foi avaliada a emergência aos 14 e 28 dias após a semeadura (DAS), no florescimento da soja e no pendoamento do milho foi avaliada a massa seca das plantas. Somente para a cultura da soja foi analisado o índice de clorofila e altura de planta no florescimento. Após a maturidade fisiológica foram colhidos 4,05 m² das parcelas, para avaliação da produtividade e qualidade das sementes. As avaliações da qualidade das sementes na soja foram, primeira contagem, germinação, envelhecimento acelerado e peso de mil sementes (PMS). No milho foi realizado os testes de primeira contagem, germinação e teste frio do milho. Os dados foram submetidos ao teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. A aplicação das fontes de nutrientes não apresentou influência sobre a produtividade de sementes nas duas culturas.  O tratamento testemunha teve desempenho inferior na produção de massa seca nas duas culturas. O índice de clorofila não apresentou diferença entre os tratamentos, assim como a emergência em campo do milho aos 14 e 28 DAS e na soja aos 14 DAS. O tratamento mineral teve menor contagem de emergência aos 28 DAS na cultura da soja. Na Primeira contagem, germinação, envelhecimento acelerado, PMS e teste frio não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos. Com os dados da safra 2019/20 pode-se constatar que os fertilizantes DLS, orgânico e organomineral podem ser utilizados na produção de soja e milho sem prejuízos a produtividade das sementes.