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O ACESSO À INFORMAÇÃO E A DESIGUALDADE NAS CLASSES SOCIAIS EM TEMPOS DE PANDEMIA
Lisiane Reips, Ana Paula de Almeida

Última alteração: 04-02-2021

Resumo


A área tecnológica é uma das que mais cresce e constantemente sofre atualizações, e isso tornou-se mais notável durante o período pandêmico que estamos vivendo. Diante de tamanha importância ao mundo do trabalho, o viável seria todos termos acesso igualitário ao conhecimento e à informação, mas não é o que acontece no Brasil. A desigualdade nas classes sociais é o principal causador da desvantagem que pessoas em situação vulnerável sofrem. Diante disso, a ideia de realizar um projeto surgiu com o propósito de diminuir um pouco a desigualdade que há nas possibilidades de acessos à informação a crianças e adolescentes em condições de vulnerabilidade social. O projeto “O uso da Informática como Instrumento de Inclusão Social e Digital” foi desenvolvido em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Campus Ibirubá e com a prefeitura do município, através do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), onde a aluna do curso de Ciência da Computação, do referido campus, elaborou uma apostila, contendo assuntos atuais sobre a tecnologia e realizou um curso, de forma virtual, devido às circunstâncias do momento, para algumas das crianças e adolescentes do CRAS. A apostila foi tomada como base para a realização desse curso (formação) e as datas e horários foram combinados de acordo com a disponibilidade dos alunos. Os conteúdos abordados foram: Conceitos básicos de informática; História dos computadores; Conceitos básicos de Internet; Organização de arquivos nos computadores; Formas de pesquisas na Internet; Criação, envio e leitura de e-mails; Criação e utilização de redes sociais; A estruturação de apresentações no mundo digital; Conceitos básicos, exploração e tendências sobre novidades tecnológicas. Devido às questões de saúde pública, ao atual cenário que estamos vivenciando, foi preciso readequar o projeto, e as aulas foram realizadas através da plataforma do Google Meet, com o compartilhamento da apostila aos alunos participantes do projeto, mas a maioria das crianças e adolescentes não possui computador ou algum outro meio para assistir às aulas. A média de participantes era entre 3 e 4 a cada encontro, um número muito baixo ao esperado. Algumas crianças e adolescentes precisavam do celular dos pais emprestado para conseguir participar. Os poucos participantes interessavam-se e tinham vontade de aprender, estando atentos aos conteúdos abordados. Além disso, a proposta é dar continuidade ao projeto, já que a ideia é trabalhar as relações entre o homem e a máquina de forma mais humanizada.

 


Palavras-chave


Informática. Desigualdade Social. Acesso.

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