A pecuária é uma das principais atividades econômicas do Brasil, o país detém atualmente o maior rebanho comercial de bovinos do mundo e para fomentar esta atividade, estudar melhorias na sanidade animal se faz necessário, uma vez que a qualidade produtiva é fundamental para a manutenção da posição do país no ranking mundial. Na busca pelo sucesso produtivo, o abatedouro frigorífico tem papel fundamental, pois é neste segmento que muitas vezes se dá o diagnóstico de enfermidades que prejudicam o desempenho produtivo e que consequentemente, causam perdas econômicas. Este projeto objetivou conhecer as espécies de nematódeos gastrintestinais presentes em bovinos abatidos em frigorífico da cidade de Rolante, RS, desse modo inicialmente, foi proposto a análise necropsiológica de seis tratos gastrintestinais (abomaso, intestino delgado e intestino grosso) obtidos por doação pelo frigorífico. Destes, foi realizada a análise de três tratos gastrintestinais, recolhidos no dia do abate e manipulados no laboratório agrotécnico do IFRS, Campus Rolante. Os resultados obtidos após o processamento destes tratos gastrintestinais, permitiram constatar que os animais abatidos no frigorífico apresentaram carga parasitária muito baixa. Devido este inesperado resultado e o impedimento das atividades presenciais em função da pandemia do COVID-19, este estudo foi alterado para que se determinasse, a partir de dados obtidos pelo sistema de inspeção municipal (S.I.M Rolante), a incidência e os prejuízos econômicos  do descarte de fígados por infecção por Fasciola hepatica, uma vez que já era de conhecimento, a importância dessa enfermidade nos rebanhos da região. Pode-se observar que, dos meses de junho até dezembro do ano de 2019 houve 47,1% de condenação de fígado por fasciolose, e dos meses de janeiro até junho verificamos 55,3% de condenação, sendo os prejuízos econômicos de R$ 44.560,00 nos meses de junho até dezembro do ano de 2019 no total de 1.114 fígados condenados, percentual muito superior ao encontrado na média nacional. Dessa forma, pode-se concluir que os produtores regionais não estão tendo sucesso no controle da enfermidade, considerando que o tratamento para esta é específico.