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O interesse pela produção de trigo, principal cultura de inverno do sul do país, vem diminuindo pela falta de retorno econômico. No intervalo entre a colheita da safra de verão e a implantação da cultura de inverno, ocorre a possibilidade de implantar uma cultura de cobertura ou deixar a área em pousio. A primeira alternativa eleva o custo de produção e a segunda prejudica o manejo do solo. O objetivo do trabalho foi avaliar o acúmulo térmico necessário para que ocorra a mudança de estádios de fenológicos da cultura do trigo em diferentes épocas de semeadura. O experimento foi conduzido na área didática e experimental do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Ibirubá, RS. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos inteiramente casualizado com quatro repetições. Foi utilizado para semeadura três cultivares da empresa Biotrigo, TBIO Ponteiro, TBIO Sossego e TBIO Sinuelo. Realizada semeadura sob sistema de plantio direto em quatro épocas, 30 de abril, 16 maio, 5 junho e 24 de junho de 2019. As avaliações de estádios fenológicos foram realizadas três vezes por semana: segunda, quarta e sexta. Nas avaliações anotava-se as datas de troca estádio fenológico da cultura. Os dados foram tabelados para o cálculo do tempo térmico necessário para mudança de estádio fenológico da cultura do trigo em cada época de semeadura. Para o cálculo da soma térmica utilizou-se os dados de temperatura média do ar, considerando as temperaturas de desenvolvimento do trigo, temperatura base 0 °C, ótima 22 °C e máxima 35 °C. Os dados foram submetidos ao teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. Em média ocorreu diferença significativa para mudança de estádios fenológicos. Para a avaliação da emergência ao V1 a quarta época teve uma menor necessidade de acumulo térmico 54°C, porém foi a que teve maior necessidade de acumulo térmico (593 °C) entre o alongamento e o emborrachamento.

Trigo, época, semeadura