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Visibilidade lésbica no IFRS campus Alvorada: representatividade e resistências por meio de ações de arte e ativismo
Ariane Carvalho Laubin, Sandro Ouriques Cardoso, Ariane Carvalho Laubin, Sandro Ouriques Cardoso

Última alteração: 18-12-2019

Resumo


A ação “Visibilidade lésbica: representatividade e resistências por meio de ações de arte e ativismo” trata-se de uma ferramenta de debate e troca de experiências acerca das especificidades da identidade cultural de mulheres lésbicas, desenvolvida no âmbito do programa de extensão Pelas margens: arte + ativismo e/em suas intersecções, realizado no IFRS campus Alvorada. Sua realização objetiva discutir e promover reflexões acerca dos apagamentos históricos das identidades, vivências, importância e atuação de mulheres lésbicas junto ao movimento LGBT+ e no cotidiano do campus. Inserida numa série de ações que buscam afirmar e positivar existências que discutem padrões dissidentes relacionados às normas identitárias e sexuais, a ação propõe ressignificações acerca do conceito de margem enquanto aspectos identitário, bem como lança questões sobre públicos, lugares e marcadores sociais como vulnerabilidade social, gênero, sexualidade, classe e juventudes, entre outros. Sua realização faz referência ao dia 29 de agosto, Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, celebrado nacionalmente com o objetivo de discutir temas como a violação de direito das mulheres em relação de sua orientação sexual. A data foi estabelecida por ativistas brasileiras dos movimentos LGBT+ e feminista em 1996 e denuncia as violências psicológicas, físicas e econômicas sofridas por mulheres lésbicas em todas as esferas da sociedade. Como metodologia, a ação foi desenvolvida a partir de duas atividades, sendo a primeira uma intervenção artística, realizada nas paredes do campus, a partir das séries fotográficas Sapatonas, Mulheres que amam mulheres e Butch: mulheres que não performam feminilidade, das artistas Nate Castro e Luz Martin que retrata mulheres lésbicas em diversas realidades cotidianas, ressignificando e afirmando o termo “sapatona” e as vivências de mulheres que amam mulheres e mulheres que não performam feminilidade. A segunda atividade propôs a realização de um cine debate a partir da exibição do filme Pariah, de Dee Rees, que contou com a mediação de ativistas lésbicas e a participação corpo discente, docente e técnicos do IFRS campus Alvorada. Por meio de abordagens críticas e sensíveis promovidas por ações de arte e ativismo, a realização das atividades promoveu efeitos positivos, críticos e reflexivos para a abordagem das vivências de mulheres lésbicas, bem como para visibilidade e a promoção de temáticas de sexualidade e gênero dentro do cotidiano das práticas e ações educativas do campus Alvorada. Desta forma, oportunizou-se situações trocas e estímulos ao protagonismo dessa identidade, contribuindo para a promoção de experiências que visem enfrentar formas de preconceito, discriminação e intolerância.


Palavras-chave


Gênero; Sexualidade; Direitos Humanos

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