Portal de Eventos do IFRS, 4º Salão de Pesquisa, Extensão e Ensino do IFRS

Tamanho da fonte: 
Cinediversidade: Bixa preta
Northon Da Silva Lara, Ademilde Irene Petzold Prado, Caroline Aparecida da Roza Dos Santos, Rodrigo Otavio da Silva Macedo

Última alteração: 02-03-2020

Resumo


Este trabalho faz parte do projeto de ensino “Cine Diversidade: gênero, sexualidade e diversidade étnico-cultural”, cujo objetivo é proporcionar um espaço pedagógico de reflexão e discussão sobre as questões de gênero, diversidade sexual e diversidade étnico-racial a partir da exibição de produções audiovisuais que contemplem àquelas questões. O mundo todo e, em especial, o Brasil está vivenciando uma proliferação de discursos de ódio, incluindo ataques desenfreados nas redes sociais, assim como violência e discriminação contra a comunidade LGBTI dois dias uma pessoa LGBTI é assassinada no país. O discurso de ódio também se volta contra a população negra. Os especialistas no assunto são unânimes em afirmar que o país enfrenta um problema de “racismo estrutural”. Como parte da sociedade, o ambiente escolar possibilita o contato com as diferenças que existem, mas muitas vezes são invisibilizadas em detrimento de padronizações naturalizadas. Por isso, é importante pensar a escola como um espaço de diálogo que permite reflexões e discussões sobre os temas propostos junto com a comunidade escolar. O presente trabalho consistirá na exibição do documentário “Bixa Preta”, produzido e dirigido por Thiago Rocha, e de videos clips do grupo de rap “Quebrada Queer”. O Grupo surgiu com a proposta de criar um grupo 100% voltada ao público negro e gay dentro de uma cena que sempre foi marcada pela falta representatividade de diversos âmbitos. O documentário trata da falta de representatividade das pessoas negras em lugares de poder e prestígio na sociedade, aspecto que se acentua ainda mais quando associado à orientação sexual. O objetivo de apresentar o documentário “Bixa Preta” é fazer com que as pessoas negras que não atendem ao padrão heteronormativo tenham voz a partir das suas próprias vivências e histórias, e que a partir daí possam se sentir representadas e se perceber como protagonistas das transformações dentro e fora dos espaços onde vivem. Espera-se, a partir das exibições, que seja possível sensibilizar e refletir junto com os participantes, sobre aspectos socioculturais determinantes para a marginalização da negritude, mais especificamente das pessoas negras pertencentes à comunidade LGBTQI. Após a exibição, é aberto espaço para discussão em que os participantes serão provocados a pensar sobre o assunto tratado no documentário, proporcionando reflexões a partir das vivências das pessoas negras e LGBTQI+ retratadas no documentário. Também como essas questões estão refletidas e muitas vezes são reproduzidas no meio onde estamos e como podemos nos comprometer com a transformação desses espaços.


Palavras-chave


Cinediversidade; Bixa preta; LGBTQ+; Racismo; Homofobia

Texto completo: PDF