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Estratégias de aprendizagem e vivências acadêmicas no ensino superior: um estudo com graduandos de diferentes cursos do IFRS – Campus Erechim
Ana Paula Cervinski, Fernanda Zatti, Luan Rossetto, Juliana Carla Girotto

Última alteração: 09-12-2019

Resumo


Nas últimas décadas, a educação superior no Brasil foi marcada por uma expansão sem precedentes, resultando no ingresso de grupos de estudantes cada vez mais heterogêneos e dotados de características e necessidades ainda pouco conhecidas. Isso torna importante a realização de estudos que auxiliem na compreensão das características do perfil do estudante, bem como na identificação de aspecto facilitadores da integração acadêmica. Nessa perspectiva, avançar na produção de conhecimentos científicos sobre as experiências vivenciadas pelos estudantes de cursos superiores é fundamental para a obtenção de subsídios que contribuam com uma maior adequação do processo educacional e com a criação de estratégias de intervenção nesse contexto. Com base nisso, este estudo objetivou caracterizar o perfil sociodemográfico e acadêmico dos estudantes, bem como verificar as possíveis associações entre as vivências acadêmicas e as estratégias de aprendizagem por eles utilizadas. Para tanto, após prévia aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, realizou-se a coleta de dados, quando os estudantes dos cursos superiores de Engenharia Mecânica, Engenharia de Alimentos, Tecnologia em Design de Moda e Tecnologia em Marketing foram convidados a responder, coletivamente, em sala de aula, a três instrumentos: i) o Questionário de Caracterização Sociodemográfica e Acadêmica; ii) a Escala de Estratégias de Aprendizagem para Universitários (EEA-U); e iii) o Questionário de Vivências Acadêmicas – Versão Reduzida (QVA-r). Participaram da pesquisa 275 graduandos com idade média de 24 anos (± 7,15), sendo 148 homens e 127 mulheres. Para a análise dos dados, foram realizadas correlações de Pearson. Em geral, observaram-se associações positivas entre as dimensões da EEA-U e do QVA-r, sendo que para a dimensão Autorregulação Cognitiva e Metacognitiva os valores de r ficaram entre 0,15 e 0,51 (p<0,01), para a Autorregulação dos Recursos Internos e Contextuais os valores de r ficaram entre 0,18 e 0,50 (p<0,01) e a Autorregulação Social com valores de r entre 0,11 e 0,42 (p<0,05), exceto para a dimensão “Pessoal” do QVA-r. Assim, conclui-se que valores mais elevados das dimensões da EEA-U estão associados a maiores valores das dimensões do QVA-r. Os resultados parciais deste estudo contribuem para a compreensão dos aspectos envolvidos na aprendizagem e nas vivências acadêmicas dos estudantes, possibilitando, ainda, aprofundar o conhecimento sobre o público dos cursos superiores da instituição, podendo embasar propostas de intervenção na área e também gerar subsídios úteis aos docentes que atuam nos cursos, possibilitando assim, um percurso formativo mais coerente com os sujeitos desse processo.


Palavras-chave


Vivências acadêmicas, Ensino superior, Estratégias de aprendizagem.

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