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Ocorrência de nematódeos gastrintestinais em ovinos naturalmente infectados, provenientes do Vale do Paranhana, Rio Grande do Sul, Brasil
Juliana Gabriela Wingert, Cláudia Dias Zettermann

Última alteração: 09-12-2019

Resumo


Com o intuído de determinar o perfil parasitológico dos ovinos criados no Vale do Paranhana, bem como a distribuição temporal das espécies de helmintos nos rebanhos, este projeto foi concebido. Estudos epidemiológicos são realizados durante períodos prolongados, uma vez que mudanças climáticas ocorrem de um ano para outro, influenciando em maior ou menor prevalência das espécies parasitas nos diferentes anos. Esta pesquisa teve início em fevereiro de 2018, quando foram avaliados rebanhos de ovinos localizados nas cidades de Taquara, Riozinho e Rolante. Por meio da colheita de fezes e realização de técnicas laboratoriais, como a técnica de Gordon e Witlock modificada (OPG) e a coprocultura, determinou-se a cada mudança de estação, a ocorrência de vermes gastrintestinais nos rebanhos e os resultados obtidos durante este primeiro ano (2018) de estudo foram: na primeira coleta (maio e junho) 171 OPG/animal, segunda coleta (setembro e outubro) 259 OPG/animal e na terceira coleta (dezembro) 2.888 OPG/animal. No segundo ano de estudo (2019) foram coletados os seguintes resultados: primeira coleta (fevereiro) 1.440 OPG/animal, segunda coleta (abril, maio e junho) 0 OPG/animal e na terceira coleta (agosto, setembro e outubro) 1.442 OPG/animal. Os resultados obtidos pela coprocultura só foram possíveis nas colheitas de setembro-outubro e dezembro/janeiro, uma vez que a carga parasitária dos rebanhos na primeira colheita não foi suficientemente alta para a realização da técnica. Os dados obtidos por coprocultura até o presente momento, indicam maior prevalência de vermes pertencentes a superfamília Tricostrongyloidea, sobretudo o gênero Haemonchus, seguido dos gêneros Trichostongylus, Cooperia e Oesophagostomum. Este estudo vem sendo repetido durante o ano de 2019 e continuará no ano de 2020, para então tornar possível resultados mais concretos, de acordo com a comparação das prevalências de um ano para outro. Pretende-se ao final do terceiro ano de estudo elaborar um esquema de vermifugação estratégico para ser utilizado nas criações de ovinos, na região de estudo.



Palavras-chave


Ovinocultura; Verminose, epidemiologia

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