Tamanho da fonte: 

O termo infoxicação, apesar de pouco citado no contexto nacional, foi criado pelo espanhol Alfons Cornella ainda na década de 90 para explicar a dificuldade em digerir o excesso de informação oferecida diariamente no meio digital e também distinguir a qualidade, veracidade e relevância dessas informações que estão disponíveis para acesso livre e imediato. Desta forma, foi realizada uma pesquisa bibliográfica exploratória que apresenta este fenômeno e seus desdobramentos, além de uma discussão atual sobre como utilizar as políticas de segurança existentes para auxiliar os nativos digitais na busca de informações com qualidade e relevância. A fundamentação teórica explica a infoxicação de acordo com sua manifestação virtual, que envolve a busca, seleção e processamento das informações; e suas consequências, que são preocupantes: desde ansiedade e estresse até sintomas somáticos que prejudicam áreas importantes da vida, além da área educacional. Portanto, políticas públicas de segurança na internet têm se tornado indispensáveis para o combate deste fenômeno, incluindo o incentivo à programas de formação tanto para os estudantes quanto para os professores e também o desenvolvimento de materiais online para orientação. Quanto ao contexto educacional, a escola é um importante espaço de aprendizagem que oferece diversas possibilidades de os alunos desenvolverem seu pensamento crítico e aprenderem a utilizar ferramentas de pesquisa, adquirindo competências para um consumo de informações consciente, invertendo a lógica da infoxicação. É possível concluir, a partir desta pesquisa, que quanto mais informação os pais, profissionais da educação e estudantes tiverem acerca do tema como uma manifestação contemporânea e grave, mais possa trabalhar-se com foco em prevenção e intervenções educacionais mais assertivas.

Infoxicação; Políticas públicas; Contexto escolar