Última alteração: 18-12-2019
Resumo
O presente projeto desenvolve ações de extensão integradas ao ensino da Educação Física, no nível de Ensino Médio Técnico, e na conjunção das pesquisas realizadas pelo Grupo do IFRS nomeado ‘Educação Física e a Educação Profissional’. O objetivo principal do projeto ‘Nós podemos discutir corpo, gênero e sexualidade na Restinga’ é proporcionar ações educacionais que abordem, em uma perspectiva crítica, as temáticas corpo, gênero e sexualidade no IFRS Campus Restinga envolvendo estudantes, servidores e terceirizados, bem como a comunidade externa. O projeto é composto por um eixo que discute, sob uma perspectiva feminista, os atravessamentos que as mulheres têm que enfrentar historicamente para livrar-se de formas de violência, de exclusão, de regras de condutas e de culturas. O outro eixo discute, sob a perspectiva da diversidade sexual, a relação da constituição do corpo na atualidade, tentando livrar-se dos aspectos biológicos e dogmáticos em torno do que é certo/errado. Esse espaço da temática LGBT+ pretende desconstruir e problematizar a norma política e sexual de controle de corpos e suas sexualidades. Os dois eixos são compostos por diferentes ações no âmbito da extensão, contemplando: ciclo de debates, seminários temáticos, fóruns de discussões, palestras, exposições, performances, oficinas e prestação de serviços à comunidade acadêmica e externa. Esse projeto é uma das ações do Programa de extensão ‘Feminismo na Restinga: a insurgência de mulheres na periferia’ e também possui como parceria o projeto de ensino ‘Educação para o feminismo no Campus Restinga’, que também foi desenvolvido em 2018 e indica as demandas para problematizar a inclusão, permanência e êxito das mulheres no ensino profissional. Em 2019, as seguintes ações já foram organizadas: dia das mulheres, dia do orgulho LGBT+, dia do combate à LGBTfobia e dia da visibilidade lésbica, além da participação em escolas da região, levando as discussões das temáticas aos espaços da comunidade. Este projeto simboliza, assim, a possibilidade de construção de um espaço institucional capaz de produzir discussões sobre as práticas educacionais na atualidade, bem como inserir a comunidade do extremo sul de Porto Alegre nos Institutos Federais através de uma temática extremamente importante, que visa debater e combater as novas formas de intolerância e violência.